A poucos dias do fim do prazo para a realização das convenções partidárias, os partidos políticos do Paraná estão em uma corrida em busca de candidatas para atender à cota mínima de 30% de mulheres nas chapas. O movimento mostra que, mais uma vez, as legendas não construíram o número suficiente de candidaturas femininas competitivas.
JOÃO FREY: Com “caciques” homens, partidos têm dificuldade em cumprir a cota de candidatas
Além dessa obrigatoriedade, em 2018 há a novidade da exigência de que 30% dos fundos eleitoral e partidário sejam destinados a mulheres. Com dificuldades em formalizar candidatas, os partidos certamente enfrentarão problemas nessa distribuição de recursos, que, em tese, deveria funcionar como inventivo à participação feminina nas eleições.
Segundo Carla Karpstein, presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB-PR, um dos fatores que pode explicar essa situação é a predominância de homens na direção dos partidos.
Das 1.011 pessoas que integram os órgãos partidários estaduais das 34 legendas que têm representação no Paraná, 77% são homens. Ao olharmos para os cargos mais relevantes, os números continuam evidenciando a discrepância na distribuição do poder entre os gêneros. Há, nas 34 legendas, cinco mulheres ocupando o cargo de presidência e sete na tesouraria ou secretaria de finanças.
Nesta edição do podcast Pequeno Expediente, os jornalistas João Frey e Katia Brembatti discutem o modo como os partidos têm reagido às imposições da legislação e os reflexos que isso têm na inclusão das mulheres na política.
O Pequeno Expediente, podcast que trata de assuntos de política paranaense, tem episódios semanais. Além de o áudio ficar disponível no site da Gazeta do Povo, você também pode assinar o programa em seu aplicativo favorito, via smartphone.
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