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Dr. Wolmir  Aguiar: montagem virou caso de polícia. | Chico Camargo/CMC
Dr. Wolmir Aguiar: montagem virou caso de polícia.| Foto: Chico Camargo/CMC

A pressão dos servidores municipais em cima dos vereadores de Curitiba para que votem contra as propostas de ajuste fiscal apresentadas pelo prefeito Rafael Greca virou caso de polícia. Incomodado com uma montagem com sua imagem que circula na internet, o vereador Dr. Wolmir Aguiar (PSC) denunciou o caso à Polícia Civil. A montagem diz que os vereadores seriam “cúmplices” de um “assalto de R$ 600 milhões ao IPMC (Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba)”.

Na avaliação de Wolmir Aguiar, o desrespeito e manifestações anônimas não podem ser permitidos. Foram esses os motivos que levaram o parlamentar a pedir que o Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber), da Polícia Civil, investigue a origem das imagens.

“Muitos [servidores] que estão mandando mensagens não estão se identificando, acho que têm que ter o caráter de se identificar. Diálogo sim, mas agredir não. Entendo que estamos em um novo tempo e ninguém trabalha aqui sob ameaça”, disse o vereador na sessão plenária de terça-feira (4). Para ele, a manifestação dos servidores neste momento é natural e já era esperada pelos vereadores, mas nesse caso passou dos limites.

Outro parlamentar que também demonstrou incômodo com as montagens foi Marcos Vieira (PDT). Ele considerou desrespeitoso o uso de uma imagem em que aparece ao lado da família. “O vereador é uma figura pública e o momento é de manifestação, mas o que criou desconforto foi utilizarem fotos com as minhas filhas”, afirmou.

O primeiro vereador a reclamar em público do tom da pressão dos servidores foi o vereador Hélio Wirbiski (PPS). Ele relatou que recebeu e-mails e mensagens via celular em tons de ameaça.

“Quando recebo mensagens dizendo que sabem onde eu moro, que sabem da minha região, que a partir de agora vou ser contingenciado, vou ter problemas, não acho isso respeitoso”, contou. “Eu tenho que pensar no funcionalismo, tenho que pensar no professor. Mas tenho que pensar no conjunto da minha cidade, que é quem paga impostos, que é quem contribui para pagar o salário desses funcionários públicos”, disse da tribuna da Câmara Municipal.

Sindicato afirma que repudia excessos

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc) afirmou que usa as redes sociais como espaço para pressão política, mas que repudia ações que desrespeitem os vereadores e suas famílias. Na página de Facebook do Sismuc há um álbum com imagens de todos os vereadores intitulado “Vereadores, votem contra o pacote de Maldades de Greca”. Os materiais são identificados com a marca do sindicato, usam fotos oficiais e cobram posicionamento dos parlamentares.

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