O comando da Polícia Militar do Paraná mudou de mãos, após a saída do ex-governador Beto Richa (PSDB). Nesta quarta-feira (11), em cerimônia na Academia Policial Militar do Guatupê, em São José dos Pinhais, a coronel Audilene Dias Rocha assumiu o posto. Ela é a primeira oficial mulher a ocupar o comando-geral da corporação em 163 anos.
Indicada pela governadora Cida Borghetti (PP) na sexta-feira (6), Audilene substitui o coronel Maurício Tortato. Veja aqui outras mudanças já definidas por Cida em cargos importantes do governo.
Em entrevista à Tribuna do Paraná, a coronel afirmou que um de seus objetivos como comandante-geral é ampliar os cursos que permitem progressões na carreira dos policiais. “Não é só pela melhoria salarial. Os policiais sentem orgulho em dizer para a família que subiram de cargo. É um estímulo ao trabalho”, disse.
Leia também: Nome ligado a Sérgio Souza pode assumir comando da Itaipu
Os principais projetos para a corporação, entretanto, permanecem em segredo. A coronel pretende, antes, apresentá-los à governadora e avaliar quais são os recursos disponíveis.
Quem é a nova comandante-geral
A coronel Audilene Dias Rocha, de 52 anos, está na corporação desde 1985. De família humilde, Audilene, quando criança, ajudava nos afazeres da casa enquanto a mãe trabalhava em uma olaria. Nascida em Terra Roxa, no interior do Paraná, a hoje comandante-geral da PM se mudou com a família para Assis Chateaubriand quando tinha entre 4 e 5 anos.
Foi na cidade da região Oeste do estado em que Audilene se apaixonou pela profissão. Anos depois, um de seus quatro irmãos, Alvacir, entrou para a PM como soldado. Quando fazia um curso para cabo, viu que havia vagas para mulheres, e avisou a irmã. Foi então que a coronel começou sua vida na corporação, na Academia Policial Militar do Guatupê – onde tomou posse como comandante-geral nesta quarta (11).
A carreira na polícia foi construída em Maringá, onde Audilene passou por todos os postos de chefia e foi comandante e sub-comandante do batalhão local. Foi lá que a coronel construiu uma relação de amizade com Cida Borghetti, na época em que seu marido, Ricardo Barros, era prefeito da cidade.
Em 2014, a coronel foi convidada para chefiar a segurança de Cida durante a campanha eleitoral. À época, Cida era candidata a vice-governadora. Com a chapa de Cida eleita, Audilene passou a ser chefe do Estado Maior da PM – um dos três cargos mais importantes da corporação.
A coronel é bacharel em Segurança Pública e em Direito, e tem especialização em Planejamento e Controle da Segurança Pública e também em Gestão de Pessoas.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Deixe sua opinião