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| Foto: Nelson Almeida/AFP

Em meio à turbulência provocada pela expedição do mandado de sua prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva alinhavou com a ex-presidente Dilma Rousseff o lançamento da candidatura da petista ao Senado por Minas Gerais.

Ela mudará seu domicílio eleitoral para Minas Gerais nesta sexta-feira (6), onde passará a morar. O anúncio oficial será feito nesta sexta, em Belo Horizonte. Dilma e outras lideranças petistas estão reunidas com Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo

O ex-presidente se dirigiu ao local onde começou a carreira como líder sindical depois de ser informado da determinação de sua prisão pelo juiz federal Sergio Moro. No entorno do prédio, militantes, curiosos e viaturas policiais. 

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Direitos políticos preservados

Então presidente da República, Dilma Rousseff foi alvo de um impeachment em agosto de 2016, mas não teve os direitos políticos cassados na ocasião em uma decisão questionável.

Em votação após a aprovado do impeachment no Senado, os senadores decidiram por 42 votos a 36 – mais três abstenções – pela manutenção dos direitos políticos dela. Apesar da derrota no placar, a cassação da elegibilidade passaria somente com dois terços dos votos.

No comando da fase final do impeachment, o presidente do Supremo Tribunal Federal na ocasião, Ricardo Lewandowski, decidiu acatar o pedido da defesa da petista de votar separadamente à perda de mandato a inabilitação.

O recurso usado pela defesa de Dilma pretendia minimizar os impactos do esperado resultado final do julgamento, que a afastou em definitivo do cargo. Isso porque, inabilitada, além de deixar a Presidência da República, a petista ficaria impedida de exercer qualquer função na administração pública.

Lewandowski acatou o pedido, atendendo a um pedido do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que o procurou com a solicitação. O ministro argumentou que precisava manter a coerência com a conduta que tem adotado até então e deferir o cumprimento do Regimento Interno do Senado.

Lewandowski afirmou que não cabe a ele, na função específica de comandar a sessão, interpretar o trecho da Constituição. No impeachment, os julgadores são os senadores. “Vossas Excelências saberão dar a devida interpretação ao artigo.”

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