| Foto: Reprodução/Instagram

Visto como mais uma opção à disputa presidencial de outubro, o empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo, descartou nesta quinta-feira (1º) a possibilidade de candidatura. Ele disse que não precisa embarcar em uma “aventura eleitoral” para marcar posição política. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chegou a citá-lo como uma alternativa para compor sua equipe.

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Pouco antes de participar de evento na capital paulista, Rocha declarou ser mais útil formando posições dentro do Brasil 200, que reúne empresários como Luiza Helena Trajano e Roberto Justus.

Conforme o empresário, o grupo nasceu da indignação contra o que chamou de “aristocracia burocrática”, que se beneficia de privilégios e se baseia de um “modelo sórdido de dominação de nós contra eles”. O verdadeiro conflito no país, comentou Rocha, é entre “quem produz versus parasitas”.

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O dono da Riachuelo disse ver o eleitor brasileiro pronto para eleger um projeto que represente um contraponto ao que deu errado nos últimos governos.

O Brasil não precisa de um Emmanuel Macron, que foi liberal na economia mas assumiu plataforma de esquerda nos costumes, afirmou Rocha. Segundo ele, ao invés do atual presidente da França, o povo brasileiro quer eleger uma figura política mais próxima do conservadorismo, como o ex-presidente dos EUA Ronald Reagan ou a ex-premiê britânica Margareth Thatcher.

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Para Rocha, que encabeça o Brasil 200, um grupo de lideranças empresariais que pretende influenciar nas eleições deste ano, o perfil “liberal na economia, conservador nos costumes” não encontra hoje um representante à altura entre os presidenciáveis. Segundo ele, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) “não encampa um liberal”, ao menos como gostaria, além de não conseguir representar o que vê como uma indignação contra a desordem que existe no país hoje.

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O prefeito João Doria (PSDB), nesse mesmo sentido, já foi a “grande esperança” daqueles que pensam como o Brasil 200, mas acabou “pisando em cascas de banana”, como defender o controle da venda de armas e outros temas do “politicamente correto”, disse.

Já Bolsonaro, por outro lado, encarnaria uma Marine Le Pen brasileira, em referência à candidata de extrema-direita que perdeu as eleições para Macron em 2016. Rocha elogiou o deputado fluminense por ser “o único que toca em temas espinhosos”, mas criticou sua visão estatizante na economia.

Candidatura governista

Para Rocha, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ainda não se mostrou viável na eleição deste ano por fincar seu discurso muito na economia. “Não se ganha eleição com economês”, pontuou. Já o presidente Michel Temer foi elogiado por aplicar o “único programa liberal que esse país já teve” na economia. Por outro lado, avaliou o empresário, muitas de suas vitórias foram construídas com o compromisso de que ele não ia se colocar (como candidato)”.