| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O manda-chuva do Partido Social Liberal (PSL), anunciado como a futura legenda do presidenciável Jair Bolsonaro, é o empresário e deputado federal Luciano Bivar, de Pernambuco. Homem rico e ligado ao setor de seguros, ele é o dono do partido, que fundou em 1998. O preside esse tempo inteiro. Tem um patrimônio declarado à Justiça Eleitoral de R$ 14,7 milhões. Quase todo em ações.

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O PSL tem um fundo partidário nada desprezível. Em 2017 recebeu R$ 5,8 milhões. É o vigésimo maior valor entre os 35 partidos. Em 2018 esse montante pode chegar a R$ 10 milhões. O dirigente do PSL mistura política com futebol. Foi presidente do Sport Clube Recife por seis vezes.

Bivar está no seu segundo mandato de deputado federal. E na condição de suplente. O primeiro mandato foi entre 1999 e 2003. Em 2006 disputou a Presidência da República. Foi o lanterna daquela disputa. Ficou em sétimo lugar, com meros 62.064 votos, que representam 0,065% dos votos válidos. Perdeu até para Eymael, do PSDC, o sexto lugar com 63.294 votos, ou 0,066% dos válidos. Uma diferença de pouco mais de mil votos.

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Luciano Bivar é um deputado de atuação discreta. Durante os debates da reforma eleitoral, atuou forte nos bastidores para evitar prejuízos para os partidos nanicos. Não é de apresentar muitos projetos e até agora nenhuma proposta de sua autoria virou lei. 

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Como cartola do futebol viveu uma situação constrangedora. Foi punido com uma suspensão pelo tribunal desportivo acusado de se envolver num esquema de indicação de jogador de seu clube para a seleção brasileira. Bivar compara o futebol a política. A ponte que une os dois segmentos, para ele, é o tratamento nem sempre agradável da imprensa. 

"Futebol é que nem política. Um dia você está no céu e outro no inferno. Quando meu time perdia, eu era o pior dirigente. Queria responder a todos os jornalistas. Mas, quando o time ganhava, você era o melhor do mundo. A política é meio isso. Hoje já estão aí falando mal do Bolsonaro. Mas daqui a pouco muda. É preciso ter casco duro", disse Luciano Bivar à Gazeta do Povo nesta quarta-feira (10). 

Entusiasmo com Bolsonaro

Bivar está entusiasmado com a chegada de Bolsonaro. Antevê que a bancada do PSL, com a filiação dele, vai sair dos atuais três deputados para 40. Ele nega que haja qualquer acordo para o presidenciável comandar a legenda e diz que não há acordo para ele ser o vice na chapa que irá concorrer ao Planalto. 

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"Agora, formamos um bloco só. Todos nós somos o PSL. Não há comprometimento algum. Amanhã, sendo ele o presidente do país, não terá a obrigação de aproveitar esse ou aquele quadro do PSL. A não ser que seja por meritocracia. Formamos uma junção de ideias. Não tem espaço para o fisiologismo", assegura Bivar. 

Sobre o racha com o Livres, grupo que era ligado ao  PSL, Bivar diz que foi o fundador do movimento e que houve uma precipitação quando eles divulgaram uma nota condenando a filiação de Bolsonaro. 

"Aquela nota já é do jornal de ontem. Era uma corrente dentro do PSL. Foi uma facção que divulgou aquela nota de forma inadvertida. Eu sempre disse que ele seria bem-vindo e rebati aquela posição de forma incontinente". 

O presidente do PSL criticou a presença e o discurso de Luciano Huck no programa do Faustão no último domingo (7). "Foi um pronunciamento patético. Ele falou muita besteira. Estava mais para candidato a comandar o programa do Chacrinha", disse.

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