A Polícia Militar montou uma barreira a uma quadra da Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, para tentar impedir o avanço de cerca de 200 manifestantes anti-Lula ao local onde o ex-presidente petista fará um ato público de encerramento de sua caravana pelo Sul do país. Vestidos com capas de chuvas e empunhando bandeiras do Brasil, eles cantam o hino nacional, enquanto tentam furar o cerco policial na esquina da Travessa Alfredo Bufren com a Rua Presidente Faria, atrás do prédio histórico da Universidade Federal do Paraná.
Os manifestantes estavam reunidos na Praça 19 de Dezembro, que fica a uma distância de 750 metros do evento petista. Do alto de um carro de som, um dos organizadores do protesto anti-Lula, vestido com uma camiseta com o rosto do juiz Sergio Moro, perguntou aos manifestantes se queriam marchar até a praça Santos Andrade e a resposta foi positiva da grande maioria.
“É possível que não vamos conseguir chegar até a praça mas vamos tentar. A polícia está do nosso lado”, disse o consultor Marcos Silva, membro do grupo Amigos da Lava Jato. A ideia, diz, é chegar o mais perto possível do local onde se concentram apoiadores do ex-presidente. “Vamos fazer barulho para ele não conseguir discursar”, disse.
Os organizadores dizem que pretendem fazer um ato pacífico, mas ao menos um manifestante foi visto pela reportagem com o rosto coberto e uma caixa de ovos na mão. Mais cedo, os manifestantes se concentraram no Parque Barigui, muitos deles estavam com caixas de ovos e prometiam interceptar os ônibus da caravana na BR-277. Mas a chuva aparentemente atrapalhou os planos do grupo.
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