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| Foto: AGEPT/Fotos Públicas

Deputados petistas pediram nesta quarta-feira (28) a federalização das investigações sobre ataque a tiros contra a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Sul do país na terça (27).

“Precisamos cobrar do poder público federal a intervenção rápida da Polícia Federal, dos órgãos de segurança federais sobre este caso”, afirmou Marco Maia (RS), que classificou o caso como “atentado político”. “Houve uma tentativa de assassinato.” 

Os parlamentares afirmaram que pedirão à PGR (Procuradoria-Geral da República) investigação rápida do caso e também disseram estudar medidas contra colegas que, segundo eles, incitam ações como a de terça. 

“Quem está cometendo esses crimes [de incitação]? São em parte parlamentares da base do presidente Michel Temer. São autoridades federais e portanto tem que ter uma investigação federal e uma punição exemplar”, disse Paulo Teixeira (SP). 

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Os deputados da bancada petista citaram o caso da vereadora Marielle  Franco (PSOL), assassinada no Rio de Janeiro no dia 14 de março. “Nós estamos de frente a uma escalada violenta de um setor fascista da sociedade brasileira contra o mundo da politica”, afirmou Maia. 

Na terça à noite, o líder interino do partido na Câmara, Wadih Damous (RJ), pediu ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que o governo federal tomasse providências para assegurar segurança à caravana do ex-presidente Lula nesta quarta, em Curitiba. 

Polícia do Paraná

Um inquérito policial foi aberto pela Polícia Civil do Paraná para apurar as circunstâncias do ataque a tiros à caravana do ex-presidente Lula , informou a Secretaria de Segurança do estado nesta quarta (28).

Em nota, o órgão afirma que duas equipes da unidade de elite da Polícia Civil paranaense, o Cope (Centro de Operações Policiais Especiais), estão na cidade para ajudar nas investigações e que o laudo pericial do ônibus que recebeu os tiros deve ficar pronto nos próximos dias.

Foi reforçado o policiamento de todos os locais indicados para haver manifestações com o ex-presidente.

“Não houve qualquer pedido formal de escolta da caravana do ex-presidente nem do próprio ex-presidente, embora ele tenha esta prerrogativa. Tanto é que o paradeiro dele é incerto e não sabido”, disse o órgão.

“Cabe ressaltar que houve alteração, por parte dos organizadores da caravana, do roteiro e do cronograma que foram informados previamente às forças de segurança do Estado do Paraná.”

Nesta quarta (27), dois dos três ônibus da caravana de Lula foram atingidos por quatro tiros durante a noite.

Um dos veículos, que era ocupado por jornalistas e era o último do comboio, teve duas perfurações na lataria -dos dois lados. Outro tiro atingiu de raspão um dos vidros do mesmo veículo. Ninguém se feriu.

O delegado de Laranjeiras do Sul, Fabiano Oliveira, disse acreditar que os disparos foram feitos por duas pessoas, com armas diferentes de baixo calibre.

Gaeco vai entrar na investigação sobre os tiros na comitiva de Lula

Na tarde desta quarta-feira (28), o Ministério Público do Paraná (MP-PR) informou que também vai acompanhar a investigação dos tiros e outros atos de violência contra a comitiva de Lula. Esse trabalho ficará sob responsabilidade do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 2.ª Promotoria de Justiça de Quedas do Iguaçu.

O pedido para que o MP-PR entrasse na investigação foi formulado nesta quarta pelo Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia, que entregou ao procurador Olympio de Sá Sotto Maior Neto, coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos do MP-PR, um uma série de notícias de supostos crimes praticados contra o grupo que acompanha o ex-presidente na viagem pelo Paraná.

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