| Foto: Ricardo Stuckert/PT

Enquanto a Polícia Federal (PF) investiga, em Curitiba, a produção do filme que conta a vida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os advogados do petista anunciaram nesta semana que preparam um documentário sobre o processo envolvendo o tríplex no Guarujá. O material deve ser divulgado nas redes sociais ainda antes do julgamento do ex-presidente pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), que vai analisar no próximo dia 24 a sentença do juiz federal Sergio Moro que condenou o petista a 9 anos e seis meses de prisão.

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Moro, inclusive, parece ser uma das figuras centrais do documentário preparado pela defesa. Em uma página do Facebook chamada “A Verdade de Lula”, usada pelos advogados do ex-presidente para se manifestar sobre os processos envolvendo o petista, a defesa publicou um vídeo com uma prévia do documentário. Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) também são alvos de crítica.

“A tentativa constante de induzir a população a uma presunção de culpa é inacreditável”, diz a advogada Valeska Teixeira Martins no início do vídeo divulgado nesta semana.

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A defesa promete mostrar no documentário “os erros e contradições do juiz Sergio Moro” na sentença que condenou Lula por corrupção e lavagem de dinheiro. O advogado Cristiano Zanin Martins acusa o magistrado de “inventar” e “recriar” fatos na sentença do tríplex. Os advogados afirmam, ainda, que Lula não está tendo direito a um processo justo na Lava Jato.

Lula foi condenado em julho do ano passado a 9 anos e seis meses de prisão no processo envolvendo o tríplex no Guarujá. O MPF acusava o ex-presidente de receber benesses da OAS através da compra e reforma do imóvel no Edifício Solaris. A defesa, porém, nega que o petista seja o dono do apartamento.

Os desembargadores do TRF-4 vão analisar a sentença de Moro no dia 24 de janeiro, em Porto Alegre. O julgamento pode ser decisivo para a candidatura de Lula à presidência da República neste ano. Se o petista for condenado em segunda instância, pode ficar inelegível pela Lei Ficha Limpa. De acordo com o atual entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), após a condenação em segunda instância Lula também pode ter a prisão decretada para começar a cumprir a pena imposta pela Justiça.