Renan Calheiros, Lula e o governador alagoano Renan Filho: juntos no palanque em Alagoas.| Foto: Ricardo Stuckert/Fotos Públicas

Dois movimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua caravana estão procurando trepidação no PT: seu encontro com o senador Renan Calheiros e um jantar, ocorrido na noite desta quinta-feira (24), com Renata Campos, viúva do ex-governador Eduardo Campos.

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Embora o jantar com Renata tenha um caráter particular, já que Lula era amigo do casal, recentes articulações sinalizam para uma aproximação entre PT e PSB de Pernambuco. Presença constante no Instituto Lula, o ex-prefeito Fernando Haddad almoçou com o governador pernambucano, Paulo Câmara, do próprio PSB, há dez dias.

Pelo acordo em gestação, o PT apoiaria a reeleição de Câmara. Em troca, o PSB apoiaria o PT para o Senado, acordo que é chamado de “abraço de afogados” por integrantes da chamada esquerda petista.

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O partido apoiou a candidatura de Armando Monteiro em 2014, mas as chances de reedição da aliança são mínimas depois que o deputado votou em favor da reforma trabalhista.

Admitindo a hipótese de reaproximação, o ex-prefeito de Recife e deputado João Paulo afirma que qualquer decisão depende uma análise mais profunda. Em primeiro lugar, está a consolidação da aliança pela eleição de Lula.

“O rabo não pode abanar o cachorro. Vamos analisar com cuidado”, disse ele.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), minimiza o impacto político do jantar com Renata, afirmando que esse foi um gesto de amizade.

“Lula sempre teve uma boa relação com o casal. Gosta muito deles. Não é sinalização nenhuma”, disse ela.

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Outro encontro com repercussão ruidosa aconteceu em Alagoas, na cidade de Penedo, onde o senador Renan Calheiros (PMDB) recepcionou Lula às margens do Rio São Francisco. No dia seguinte, Renan foi vaiado em uma homenagem a Lula. À noite, senador e ex-presidente sentaram-se à mesa em um jantar oferecido pelo ex-vice governador José Washington Neto.

Gleisi também minimizou essa fotografia, alegando que Lula não poderia impedir que o peemedebista subisse em seu palanque.

“Temos divergências. Ele apoiou o impeachment da presidente Dilma. Mas, como diz o próprio presidente Lula, Renan era presidente do Senado e ajudou o seu governo [de Lula]. Não podemos levar essas coisas tão a ferro e fogo.”

Em Sergipe, Lula convidou o governador Jackson Barreto (PMDB) para atividades de campanha. A CUT abandonou a caranava de Lula no Estado. E Barreto foi vaiado duas vezes.