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O general Maynard Marques Santa Rosa  (de terno cinza) vai trabalhar na equipe da Secretaria-Geral da Presidência. | Divulgação/Exército
O general Maynard Marques Santa Rosa (de terno cinza) vai trabalhar na equipe da Secretaria-Geral da Presidência.| Foto: Divulgação/Exército

O general Maynard Marques Santa Rosa confirmou que atuará no governo Jair Bolsonaro, mas negou, em entrevista à Gazeta do Povo, que irá coordenar o Programa de Parceria de Investimento (PPI), responsável por privatizações e concessões na área de infraestrutura. Ele disse que esse programa vai se deslocar da Secretaria-Geral da Presidência, que será ocupada por Gustavo Bebianno, para a Secretaria de Governo, destinada ao general Carlos Alberto Santos Cruz.

Mais cedo, ao anunciar que Santa Rosa fará parte de sua equipe na Secretaria-Geral, Bebianno disse que o militar cuidaria do PPI. “É uma área estratégica para o presidente e será mantida na Secretaria-Geral”, afirmou o futuro ministro.

Santa Rosa confirmou que irá trabalhar na Secretaria-Geral, mas que “só Deus sabe” sabe qual será sua função. “Não tem nada disso. É um equívoco essa informação. Cogitou-se apenas. Mas o PPI vai ficar com a Secretaria de Governo, do general Santos Cruz. Estarei ao lado do Bebianno, na Secretaria-Geral, mas ainda não sei que funções terei. Só Deus sabe!”, disse.

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O general tem participado dos trabalhos no governo de transição no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Santa Rosa contou que trabalha diretamente com Bebianno num dos grupos temáticos da transição e que cuida de “atividade meio”. “Ali tem todo tipo de debate”, afirmou.

Santa Rosa já chefiou o departamento Pessoal do Exército durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  Ele foi exonerado do cargo em 2010 pelo então ministro da Defesa de Lula, Nelson Jobim, após fazer críticas à Comissão Nacional da Verdade, criada para investigar crimes de violação aos direitos humanos durante o regime militar.

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A revelação feita por Santa Rosa de que o PPI não ficará no guarda-chuva da Secretaria-Geral é a demonstração de como Bolsonaro está dividindo as funções nos chamados ministérios palacianos, que ficarão ao lado do presidente num dos quatro andares do Palácio do Planalto.

As atribuições estão sendo divididas entre as secretarias Geral e de Governo (de Santos Cruz) e a Casa Civil, que será ocupada por Onyx Lorenzoni.

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