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A cirurgia que Jair Bolsonaro precisa fazer consiste em abrir o abdome, retirar a bolsa que coleta suas fezes e religar as alças do intestino grosso. | Antonio Cruz/Agência Brasil
A cirurgia que Jair Bolsonaro precisa fazer consiste em abrir o abdome, retirar a bolsa que coleta suas fezes e religar as alças do intestino grosso.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) realizou exames pré-operatórios nesta sexta-feira (23), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e o resultado não foi o esperado. Segundo boletim médico divulgado por volta das 15 horas, os exames de imagem mostraram uma inflamação no peritônio (membrana que recobre os órgãos do aparelhos digestivo) e um processo de aderência nas alças intestinais. Apesar disso, o boletim destaca que o paciente “encontra-se bem clinicamente e mantém ótima evolução”.

Em virtude da inflamação, os médicos decidiram adiar para 2019 a cirurgia de reconstrução do intestino e a retirada da bolsa de colostomia que acompanha o capitão da reserva desde o ataque a faca que sofreu em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro. A operação estava marcada inicialmente para o dia 12 de dezembro, dois dias após a cerimônia de diplomação como presidente pelo Tribunal Superior Eleitoral. 

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O boletim não estabelece data para o procedimento, mas informa que uma reavaliação será feita somente em janeiro, portanto, após a posse na Presidência da República, agendada para o primeiro dia do novo ano.

A cirurgia que Bolsonaro precisa fazer consiste em abrir o abdome, retirar a bolsa que coleta suas fezes e religar as alças do intestino grosso. É considerada uma intervenção menos arriscada aos procedimentos que ele já passou.

O presidente eleito deu entrada no hospital nesta sexta-feira às 10h40 acompanhado da mulher Michelle Bolsonaro. Ele foi atendido pelos médicos Antonio Luiz Macedo e Leandro Echenique e ficou quase três horas no hospital, deixando o local às 13h25. 

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Segundo informações da Record TV, único veículo que teve livre acesso ao interior do hospital, Bolsonaro fez um exame de sangue, para medir a capacidade do seu corpo de cicatrizar, e uma ressonância magnética. A assessoria do hospital não quis especificar a quais exames Bolsonaro se submeteu para demais repórteres.

Desde que obteve alta do hospital, no dia 29 de setembro, ele carrega a bolsa colada ao abdome, que fica aparente quando usa roupas mais claras. O presidente eleito tinha a intenção de ser empossado sem o objeto no corpo e chegou a tirar as medidas para o terno, vislumbrando a retirada da bolsa.

Leia na íntegra o boletim médico 

“O presidente eleito Jair Bolsonaro esteve no Hospital Israelita Albert Einstein nessa manhã e foi submetido a exames laboratoriais, de imagem e consultas médicas. Encontra-se bem clinicamente e mantém ótima evolução, porém os exames de imagem ainda mostram inflamação do peritônio e processo de aderência entre as alças intestinais. A equipe decidiu em reunião multiprofissional postergar a realização da reconstrução do trânsito intestinal. O paciente será reavaliado em janeiro para definição do momento ideal da cirurgia.”

Dr. Antônio Luiz Macedo, cirurgião; Dr. Leandro Echenique, clínico e cardiologista; e Dr. Miguel Cendoroglo, Diretor Superintendente do Hospital Israelita Albert Einstein.

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