| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, comparou a nazistas aqueles que estariam propagando “duas mentiras” sobre sua recente fala que relaciona o apoio à reforma da Previdência à liberação de crédito dos bancos públicos. “É como o nazismo em que uma mentira que se repete à exaustão e se transforma em verdade”, disse Marun em evento ao lado do presidente da Caixa, Gilberto Occhi.

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O ministro, que assumiu a função de negociador político do presidente Michel Temer, disse que há uma “trajetória de hipocrisia e mentira que tenta se estabelecer com muita força”. As mentiras estariam sendo determinadas pela propagação do discurso “politicamente correto”, disse. Marun vem sendo criticado por governadores desde que deu a entender que só liberaria recursos de bancos públicos para projetos estaduais com o apoio às reformas defendidas pelo governo.

Na avaliação de Marun, a primeira mentira é que “a Caixa é só um banco como é o Bradesco”. “A Caixa existe para executar políticas públicas. Mente quem fala isso (que a Caixa é só um banco)”, disse.

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“A outra mentira é que eu estaria chantageando, condicionando (a liberação de crédito dos bancos públicos)”, disse o ministro, que exortou quem o acusa a “mostrar, separar naquela entrevista” sua fala sobre a chantagem. “Não vão achar”, disse. A uma plateia esvaziada para assinatura de contratos de financiamento de saneamento básico em quatro Estados, o ministro questionou os presentes no Ministério das Cidades: “Quem aqui foi procurado condicionando a liberação dos recursos à aprovação da Previdência? A verdade é que não está sendo condicionado”.

Apesar de rechaçar a hipótese de condicionamento da votação da Previdência à liberação de crédito, o ministro disse que o governo não deixará de pedir apoio à reforma em tramitação no Congresso. “Eu não abrirei mão de pleitear a todos os agentes essa ação, essa atitude de responsabilidade que é a aprovação da reforma da Previdência”, disse Marun.