Kim Kataguiri: movimento vai lançar candidatos em 2018.| Foto: Reprodução/Facebook

O líder do MBL, Kim Kataguiri, em entrevista transmitida ao vivo nesta segunda-feira (16) pela página da Gazeta do Povo no Facebook, admitiu que o Movimento Brasil Livre age como um partido político liberal, embora não seja um oficialmente. O MBL ficou nacionalmente conhecido por organizar manifestações pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

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“No sentido burqueano da palava, eu acho que hoje o MBL é um partido político. O MBL tem quadros, tem pessoas que unem em torno de um mesmo ideal, de um mesmo projeto de país, para disputar o poder”, disse Kataguiri. Ele fazia referência ao pensador irlandês Edmund Burke (1729-1797), que argumentava que a função das legendas é fazer oposição ao poder e evitar abusos.

Assista à íntegra da entrevista

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Em 2018, o movimento pretende lançar candidatos em todo o país (que estarão filiados a partidos oficialmente constituídos) e pretende apoiar um nome para a Presidência. Hoje, a intenção do MBL é que esse nome seja o do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). Mas ele não fechou a porta a outros concorrentes que compartilhem da agenda liberal do movimento. Reconheceu que o MBL pensa em se aliar a ruralistas e evangélicos para eleger o próximo presidente.

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Curitiba e Paraná: a reaçolândia

Kim Kataguiri concedeu a entrevista durante passagem por Curitiba, cidade em que visitou nesta segunda-feira para lançar seu livro (Quem é esse moleque para estar na Folha?) e para participar do Congresso Estadual do MBL no Paraná.

Durante a entrevista, ele chamou Curitiba e o Paraná de “reaçolândia”. Foi uma ironia por causa do apoio que, segundo ele, moradores da cidade e do estado costumam dar ao Movimento Brasil Livre – que se autodefine como “liberal”, mas que é acusado por seus adversários de ser “reacionário”. “Costumo dizer que isso aqui [Curitiba e o Paraná] é praticamente uma ‘reaçolândia’; nunca vi tanto engajamento em torno do MBL como aqui no Paraná”, disse Kataguiri.

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Na entrevista à Gazeta, ele também negou que o movimento seja conservador, ao ser questionado sobre o posicionamento do MBL em relação à exposição Queermuseu (em Porto Alegre) e à performance artística La Bête (no Museu de Arte Moderna de São Paulo). As mostras artísticas foram acusadas de fazer apologia da pedofilia, zoofilia e pornografia.

Kataguiri ainda explicou como o movimento se financia e negou que haja dinheiro internacional bancando o MBL.