| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A declaração do vice-presidente da Câmara, deputado Fábio Ramalho (PMDB-MG), defendendo “um prazo de validade” para a Lava Jato, repercutiu de maneira negativa entre os investigadores. Pelas redes sociais, sobraram críticas à postura do parlamentar. Um delegado da Polícia Federal escreveu: “Que tal estabelecer um prazo para acabar com a corrupção?”.

CARREGANDO :)

O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, um dos mais atuantes no Facebook, disse que o PMDB tenta acabar com a Lava Jato a todo custo. “Mas, mesmo com todas as articulações do governo e de seus aliados, as investigações vão continuar por todo país”, disse Lima. “Infelizmente, muitas pessoas que apoiavam a investigação só queriam o fim do governo Dilma e não o fim da corrupção”, completou.

Investigação permanente

Quando foi anunciado o fim da força-tarefa da Lava Jato na Polícia Federal do Paraná, no início do mês, o delegado Igor Romário de Paula disse que o objetivo da medida era tornar a Lava Jato uma operação permanente de combate à corrupção. “Vai se tornar uma operação permanente, uma hora pode perder o nome Lava Jato, mas o combate ao que eu chamo de ‘alta corrupção’ vai continuar. Nós já temos várias operações no país que não se chamam Lava Jato, mas são decorrentes dela”, disse.

Publicidade

Prazo de seis meses

Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o deputado Fábio Ramalho, conhecido como ‘Fabinho Liderança’, defendeu que a Lava Jato acabe em seis meses. “A Lava Jato é excelente para o Brasil, mas não pode ser indeterminada. Porque ela já fez o seu trabalho. Em qualquer país do mundo, investigação tem de ter prazo para terminar”, disse o parlamentar, criticando que a Lava Jato tomou conta das discussões no país: “O Brasil não vai aguentar isso o resto da vida. Além da corrupção, tem de se avançar na desburocratização do país, na segurança jurídica do país, nas reformas”.