Temer afirmou que o Executivo, Legislativo e Judiciário precisam seguir com suas atividades normais.| Foto: José Cruz/Agência Brasil

Um dia após a divulgação da lista de Fachin, o presidente Michel Temer disse que o governo não pode ficar paralisado, da mesma forma que o Congresso e o Judiciário precisam seguir produzindo. Em cerimônia no Planalto, Temer afirmou que se não houver cuidado, os poderes não operam.

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“Aqui no Brasil, se não tomarmos cuidado, daqui a pouco vão dizer que o Executivo não opera, o Legislativo não opera, o Judiciário não opera. E não é assim”, declarou o presidente, citado em dois inquéritos abertos pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Temer tem imunidade temporária por ocupar cargo de presidente, não podendo ser investigado por atos estranhos ao exercício de suas funções. “Não podemos jamais paralisar a atividade legislativa. Temos que dar sequência ao governo, à atividade legislativa, à atividade judiciária”, disse Temer, em cerimônia fechada à imprensa.

Oito ministros do governo – dois deles com gabinete no Planalto: Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (secretário especial da Presidência) – serão investigados a partir dos inquéritos instaurados. “Vou deixar o Judiciário agir”, respondeu o peemedebista a jornalistas, quando foi questionado se estava preocupado com quase um terço dos ministros estarem implicados na lista de Fachin.

O governo teme que o Congresso, fortemente implicado pelos pedidos de abertura de inquérito ( 39 deputados e 24 senados, inclusive os presidentes das Casas ) atrase a tramitação da reforma da Previdência, carro-chefe das reformas. Apesar de costumar viajar nos fins de semana e feriados, principalmente a São Paulo, Temer deve passar os dias de recesso da Páscoa em Brasília.