Após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na prisão, em Curitiba, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o petista ficou “indignado” com a escolha do juiz Sergio Moro – que o condenou no processo do tríplex do Guarujá – para o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Segundo Gleisi, Lula está “bem, mas indignado com a nomeação do seu algoz como ministro da Justiça”. “Ao invés de apresentar prova contra mim, aceita ser ministro”, teria dito Lula, nas palavras da dirigente petista.
O ex-presidente foi sentenciado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Condenado em duas instâncias judiciais, ele começou a cumprir sua pena em uma cela especial da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.
A presidente do PT disse que os advogados do partido e do ex-presidente avaliam medidas jurídicas após a escolha de Moro. A primeira delas será um novo pedido de habeas corpus alegando a “suspeição” do juiz Moro. Outra decisão, afirmou, é acrescentar as informações sobre a indicação na representação protocolada contra o juiz no Conselho Nacional da Justiça (CNJ).
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A defesa do ex-presidente emitiu nota condenando a decisão de Moro de aceitar o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para chefiar o futuro Ministério da Justiça e Segurança Pública.
“A decisão de Moro prova ‘definitivamente o que sempre afirmamos: Lula foi processado, condenado e encarcerado sem que tenha cometido crime, com o claro objetivo de interditá-lo politicamente’“, diz o texto.
O advogado Cristiano Zanin Martins afirmou que a defesa “tomará as medidas cabíveis no plano nacional e internacional para reforçar o direito de Lula a um julgamento justo, imparcial e independente”.
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