Marielle Franco, do Psol,foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016 com 46.502 votos.| Foto: Reprodução/Facebook

A vereadora Marielle Franco (Psol), de 39 anos, foi morta a tiros na Rua Joaquim Palhares, no Estácio, zona norte do Rio de Janeiro, na noite desta quarta-feira (14), quando seguia em um carro para sua casa na Tijuca. O motorista que estava com ela também foi morto na ação. Uma assessora de Marielle estava no veículo, mas sobreviveu. As informações são do portal G1.

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Segundo as primeiras informações da Polícia Militar, bandidos em um carro emparelharam ao lado do veículo e dispararam. A vereadora estava no banco de trás do automóvel Ágile. Eles fugiram sem levar nada. A Polícia Civil recolheu pelo menos oito cápsulas no local. Marielle tinha acabado de sair de um evento chamado “Jovens Negras Movendo as Estruturas”, na Rua dos Inválidos, na Lapa, segundo o jornal O Globo.

Nascida e criada no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, Marielle foi a quinta vereadora mais votada da cidade nas eleições de 2016 com 46.502 votos. Socióloga formada pela PUC-Rio e mestra em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF), teve dissertação de mestrado com o tema “UPP: a redução da favela a três letras”.

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Trabalhou em organizações da sociedade civil como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Coordenou a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ao lado do deputado estadual Marcelo Freixo (Psol). Na Câmara, presidia a Comissão da Mulher.

Em seu site, Marielle afirma ter iniciado sua militância em direitos humanos após ingressar no curso pré-vestibular da comunidade e perder uma amiga, “vítima de bala perdida, num tiroteio entre policiais e traficantes no Complexo da Maré”.

Ela era contra a intervenção federal na segurança pública do Rio. No mês passado, disse que a intervenção militar era uma farsa. “E não é conversa de hashtag. É farsa mesmo. Tem a ver com a imagem da cúpula da segurança pública, com a salvação do PMDB, tem relação com a indústria do armamentismo”, afirmou.

Repercussão

Logo após a divulgação do crime, as redes sociais manifestaram pesar pelo assassinato de Marielle. “Estou extremanente chocada com a notícia da morte de Marielle Franco. Uma menina empoderada, com brilho próprio, repleta de sonhos. É difícil de acreditar”, escreveu a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

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A ex-deputada Manuela D’Ávila, pré-candidata a presidente pelo PCdoB, também lamentou o ocorrido. “Chocada e triste com o assassinato da vereadora do PSOL no Rio. Ninguém vai calar as mulheres que lutam, Marielle”, disse.