O Ministério Público do Rio Grande do Sul recebeu na tarde desta +sexta-feira (10) um pedido formal de investigação contra o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB) por crime de racismo. A solicitação foi emitida pela ONG Educação e Cidadania de Afrodescendentes (Educafro)
Candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), Mourão disse na segunda-feira (6) que o Brasil herdou a malandragem dos africanos, a cultura de privilégios dos ibéricos e a indolência dos indígenas.
A declaração foi feita em um evento na cidade gaúcha de Caxias do Sul, quando Mourão falava sobre as condições de subdesenvolvimento do País e da América Latina. O general alegou posteriormente ter sido mal interpretado.
OPINIÃO: Não, general Mourão. Brasileiro não é preguiçoso por causa de índios e negros
O advogado Marcello Ramalho, do escritório de Advocacia Bergher & Mattos Advogados Associados e quem representa a Educafro nesta demanda, explicou que a fala de Mourão pode ser enquadrada no artigo 20 da Lei do Crime Racial (7.716/1989). A pena para este tipo de crime é de reclusão de um a três anos e multa.
“Vamos aguardar a providência do Ministério Público, que vai colher as provas e, eventualmente, instaurar o inquérito”, afirmou Ramalho.
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