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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)| Foto: Ricardo Stuckert / PR

Nesta terça-feira (17), personalidades assinaram uma carta de apoio ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e ao presidente Lula (PT) pela decisão de endossar a denúncia da África do Sul contra Israel, na Corte Internacional de Justiça (CIJ), por suposto “genocídio”. Entre os signatários da carta estão os professores Reginaldo Nasser, Salem Nasser e o jornalista Breno Altman, todos acusados de antissemitismo.

“Muitas críticas apontam que o processo na Corte deixa de lado o exame dos ataques do Hamas em 7 de outubro. Porém, o Hamas não pode ser parte em um processo perante a Corte Internacional de Justiça, que examina apenas disputas entre Estados. A Corte examinará a defesa de Israel, que culpa o Hamas pelas mortes de civis e não pela sua própria conduta. Em qualquer hipótese, o órgão judicial que pode penalizar os crimes de guerra do Hamas é o Tribunal Penal Internacional (que investiga e processa indivíduos), mas Israel impediu o procurador do Tribunal de entrar em Gaza diante do risco de que ele pudesse investigar e processar autoridades oficiais de Israel”, diz um trecho da carta.

O documento ainda diz que a acusação de antissemitismo contra pessoas que defendem as ações do Hamas “faz parte de uma campanha de instrumentalização política”.

No dia 16 de outubro de 2023, a Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) cancelou uma palestra online sobre o conflito no Oriente Médio com Fernanda de Melo, bacharel em Relações Internacionais, depois que ela comemorou a morte da brasileira Bruna Valeanu, que residia em Israel, via redes sociais. Dias antes, Fernanda havia ministrado uma aula pública na Universidade de São Paulo (USP), organizada pelo Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino.

Na mesma aula, Fernanda estava acompanhada de outro palestrante, o professor de Relações Internacionais da PUC-SP, Reginaldo Nasser, que, em uma entrevista concedida anteriormente ao Instituto Conhecimento Liberta, equiparou os atos terroristas do Hamas à forma como o Estado de Israel trata os palestinos. "Infelizmente, aconteceu com civis israelenses agora algo com que os palestinos convivem há 75 anos", afirmou.

Dias antes, em 10 de outubro, em artigo publicado no jornal Folha de São Paulo, Salem Nasser, doutor em Direito Internacional pela USP e professor da FGV-SP, criticou o uso da palavra "terrorista" para classificar o Hamas.

Um abaixo-assinado em repúdio ao artigo de Nasser publicado no site Change.org já reúne mais de 9,7 mil assinaturas.

Já o jornalista e militante petista, Breno Altman, tem sido alvo de ações judiciais por defender abertamente os atos terroristas do Hamas contra Israel. Além de participar de atos pró-Hamas, Altman tem acusado Israel de “racismo” e “antissemitismo”.

Altman começou a chamar atenção nas redes sociais por comemorar a entrada do Hezbollah na guerra contra Israel e por comparar judeus a ratos logo após a deflagração do conflito.

Em novembro do passado, uma decisão da 16ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) obrigou Altman a excluir uma série de publicações em suas redes sociais por “injúria ou até eventual calúnia” contra o povo judeu.

A decisão se deu no âmbito de uma ação protocolada pela Confederação Israelita do Brasil (Conib) que, na semana passada, voltou à Justiça pedindo a suspensão das contas do jornalista nas redes sociais por causa de publicações em que, segundo a Conib, Altman tem “incitado a violência” contra judeus. 

Na ação protocolada pela Conib no dia 11 de janeiro de 2024, a entidade alega que, mesmo depois da decisão judicial de novembro, Altman continuou com as postagens ofensivas aos judeus e, portanto, desrespeitou a Justiça.

Ao comentar a nova ação da Conib, Altman disse que a entidade é “defensora do genocídio e da censura”, além de ser “inimiga da democracia”.

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