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O ministro do STF, Alexandre de Moraes
O ministro do STF, Alexandre de Moraes| Foto: Rosinei Coutinho/STF

O advogado Ralph Tórtima, responsável pela defesa do trio acusado de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma, disse que a investigação “tem lado” e é “nitidamente direcionada” para favorecer uma das partes, em referência à versão apresentada pelo ministro sobre a confusão.

Na última quarta-feira (4), em atendimento a um pedido da Polícia Federal (PF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, ampliou o prazo para conclusão do inquérito e tirou o sigilo dos autos, mas manteve o sigilo sobre as imagens do aeroporto.

Na decisão, Toffoli alegou que o objetivo é preservar os direitos de imagem de outras pessoas, incluindo menores, que aparecem nos vídeos, mas não têm relação com o caso.

Em nota enviada à imprensa, Tórtima sugere parcialidade na decisão e critica a forma como a PF tem conduzido as investigações.

“Causa estranheza o fato de ser decretado o sigilo das imagens do aeroporto na Itália e, na mesma decisão, ser baixado o sigilo dos autos, de sorte a que um relatório, feito por um agente da Polícia Federal, não por peritos, seja devassado com parte dessas mesmas imagens, com ilações extremamente tendenciosas, no mínimo criativas”, diz um trecho da nota.

Em outra parte, o advogado questiona a justificativa para derrubar apenas parte do sigilo.

“Se as imagens captadas no aeroporto são sigilosas, o relatório que as revela de forma seletiva também deveria ser, por evidente. A impressão que fica é a de que o sigilo serve aos interesses de apenas uma das partes, com a utilização de imagens escolhidas a dedo, impedindo que a integralidade delas seja de conhecimento público. Fica muito evidente tratar-se de uma investigação que tem lado e que é nitidamente direcionada”, afirmou Tórtima.

O advogado também solicitou a inclusão de uma imagem gravada de um dos celulares dos envolvidos em que Moraes aparece chamando um dos acusados de “bandido”.

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