O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, na tarde deste domingo (23), que informou ao chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o nome do suposto autor de ofensas ao ministro Alexandre de Moraes e ao filho no aeroporto internacional de Roma, na Itália, há pouco mais de uma semana.
Lula chamou Roberto Mantovani de “canalha” durante um discurso em São Bernardo do Campo (SP), na celebração ao aniversário do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
“Esse cara era empresário de uma empresa alemã. Eu entreguei o nome dele pro chanceler alemão [Olaf Scholz]. Esse cara foi expulso do partido [PSD] ontem [sábado, 22] pelo [Gilberto] Kassab. Ele tinha sido candidato”, disse Lula.
O advogado de Roberto Mantovani, Ralph Tórtima, avaliou a expulsão como surpreendente, e que foi "julgado por ato que nem mesmo foi apurado nas instâncias próprias".
Na última quarta-feira (19), Lula já havia condenado publicamente o brasileiro acusado de atacar o ministro do STF. “Um cidadão desses é um animal selvagem. Não é um ser humano”, disse. Na ocasião, ele também chamou de neofascistas os que promovem esses supostos ataques e defendeu que “essa gente” tem que ser “extirpada”.
A defesa de Roberto e Andreia Mantovani entregou um vídeo que teria sido gravado em Roma pouco depois do magistrado ir até a família para retirar o filho da confusão. Quando se aproximou do casal, diz Tórtima, Moraes teria tirado uma foto da família e dito que a confusão “teria consequências”.
De acordo com ele, um dos integrantes da família perguntou três vezes a Moraes: “o senhor está nos ameaçando?” O ministro teria proferido a palavra “bandidos”, conforme relato da família.
A Polícia Federal deve receber, ainda nesta semana, as imagens enviadas pelas autoridades italianas gravadas no aeroporto de Roma. A defesa do casal também deve pedir acesso aos vídeos.
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