Nesta terça-feira (16), a Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou com uma ação na Justiça Federal do Rio de Janeiro cobrando o pagamento de R$ 3,5 milhões dos oito militares do Exército condenados na Justiça Militar por duas mortes durante a ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), em 2019.
Na ação, foram mortos o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador de recicláveis Luciano Macedo.
Na ação, a AGU cobra dos militares o valor da indenização paga pelo governo federal aos familiares dos falecidos. Em setembro do ano passado, a AGU firmou um acordo com os familiares das vítimas para o repasse dos valores em função dos danos causados pelos militares.
O acordo prevê o pagamento de R$ 2 milhões à esposa, ao pai, e aos irmãos do músico, além do pagamento de pensão mensal à esposa e ao filho de Evaldo.
Já a família do catador de recicláveis foi indenizada no valor de R$ 841 mil.
Agora, para reaver os valores pagos aos parentes das vítimas, a AGU argumenta que os militares agiram de forma imprudente ao dispararem centenas de vezes com arma de fogo contra pessoas inocentes.
De acordo com a acusação, os militares dispararam contra o carro onde estava Evaldo ao buscarem pelos autores de um roubo. O sogro do músico foi ferido na ação. Já o catador de recicláveis, Luciano Macedo, foi baleado ao tentar socorrer o músico. Luciano morreu 11 dias depois no hospital.
O veículo foi atingido por 257 tiros, sendo que 62 deles atingiram Evaldo.
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