• Carregando...
Alckmin participou da reunião da Suframa ao lado do governador do AM, Wilson Lima (União Brasil).
Alckmin participou da reunião da Suframa ao lado do governador do AM, Wilson Lima (União Brasil).| Foto: Alex Pazuello/Secom/Governo do Amazonas.

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), defendeu a exploração de potássio em em Autazes, no Leste do Amazonas. Ele participou nesta sexta-feira (1º) da reunião do conselho de administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). No último dia 19, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) derrubou a proibição imposta ao licenciamento do projeto da empresa Potássio do Brasil para a exploração do minério em Autazes.

“Uma boa notícia, o Poder Judiciário resolveu a questão do licenciamento, que será feito pelo Ipaam [Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas], no caso de Autazes, a mina de potássio. O Ibama já tinha defendido que deveria ser pelo Ipaam, pelo estado. O estado vai tomar todos os cuidados e providências, ouvindo a comunidade indígena, seguindo todos os parâmetros", disse o vice-presidente durante uma coletiva de imprensa após a reunião da Suframa.

"É muito importante para o Brasil, porque nós importamos mais de 95% do cloreto de potássio”, acrescentou. O potássio é a base para fertilizantes utilizados na agricultura em larga escala e sua importação consome bilhões de dólares. Além de reduzir a dependência das importações, a produção em Autazes ampliaria a autonomia nacional na oferta de fertilizantes e impactaria a produção de alimentos.

Questionado se a decisão judicial acabará com o impasse sobre a exploração de potássio na região, Alckmin disse acreditar que sim. "Sobre o potássio, acredito, sim, que a gente possa ter um bom avanço", disse. "Potássio é mina, eu não escolho, é a natureza. É fundamental para a produção de alimentos. Existe tecnologia para poder fazer a exploração com sustentabilidade e cuidados ambientais. Estou confiante que teremos uma boa solução, que vai gerar riqueza e trazer segurança alimentar", ressaltou o vice-presidente.

Havia uma discussão sobre a competência para emissão do licenciamento da exploração, pois existem terras indígenas no entorno do empreendimento e novos pedidos de demarcação poderiam envolver a área do projeto da Potássio do Brasil. Desde 2015, a empresa pleiteia a liberação para exploração de potássio em uma jazida capaz de suprir 20% da demanda nacional pelo mineral.

O governador Wilson Lima (União Brasil) participou da reunião com Alckmin. Lima afirmou durante a coletiva que determinou ao Ipaam que haja com “rigor necessário” para aplicar todas as condicionantes ambientais para conceder as licenças de exploração de potássio. O governador destacou que está exigindo da empresa “contrapartidas sociais” para garantir a proteção dos povos indígenas e da população de Autazes. Segundo ele, as comunidades indígenas da região foram consultadas e aprovaram a exploração do potássio na região.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]