• Carregando...
Geraldo Alckmin
Alckmin disse que impedir o acesso à ajuda humanitária e “abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade”.| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), criticou Israel pela ação militar que deixou mais de 100 mortos durante a entrega de ajuda humanitária realizada nesta quinta-feira (29) na Faixa de Gaza. Mais de 750 ficaram feridas segundo as autoridades locais de saúde, controladas pelo Hamas. As Forças de Defesa de Israel (FDI) reconheceram que suas tropas abriram fogo porque se sentiram ameaçadas, já que parte da multidão que buscava alimentos teria ido em direção aos soldados.

No entanto, as FDI disseram que sua ação foi pontual, não causou mais do que dez mortes e alegaram que o restante dos óbitos ocorreram durante o tumulto, quando pessoas teriam sido pisoteadas e atropeladas. Nas redes sociais, Alckmin disse que ficou “chocado” com o ataque contra civis palestinos “perpetrado por forças militares israelenses”.

“Fiquei absolutamente chocado com a notícia do ataque contra civis palestinos na Faixa de Gaza, perpetrado por forças militares israelenses, que vitimou dezenas de pessoas e feriu outras centenas. Obstar o acesso de indivíduos à ajuda humanitária é inconcebível sob qualquer perspectiva, e abrir fogo contra civis viola os preceitos mais básicos de humanidade”, disse Alckmin nesta sexta-feira (1º).

Mais cedo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou o episódio como uma “carnificina” ao discursar na Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). “Lutar pela paz, como defende o presidente Lula, não é mais uma opção, mas um imperativo ético que deve orientar todos os esforços da comunidade internacional neste momento. É preciso dar o primeiro passo no caminho da paz: cessar-fogo imediato, libertação dos reféns e entrada de assistência humanitária”, destacou Alckmin.

Nesta sexta (1º), o Itamaraty disse que a ação militar de Israel contra palestinos que se aglomeravam para conseguir alimentos “não tem qualquer limite ético ou legal”. Desde o último dia 18, Lula tem reforçado as críticas à ofensiva israelense em Gaza. Ele comparou a reação israelense contra o Hamas ao extermínio de judeus por nazistas.

Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, na RedeTV, o presidente afirmou que Israel quer “efetivamente acabar com os palestinos na Faixa de Gaza” e chamou o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, de genocida. “O que eu quero dizer em alto e bom som é o seguinte: o primeiro-ministro de Israel está praticando genocídio contra mulheres e crianças. Esse é o dado histórico”, disse o petista no último dia 27.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]