Após pedido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo orientou os ministérios a não realizar atos em memória do início do governo militar, em 1964, que alcançará a data de 60 anos, no próximo domingo (31). Em meio a um esforço para amenizar a tensão com as Forças Armadas e diante da polarização do país, o petista chegou a afirmar que "isso faz parte do passado", e preferia "tocar o país em frente".
Em compensação, no ano passado, quando não houve proibição por parte do governo, a pasta liderada por Silvio Almeida, chegou a lançar uma campanha nomeada "Semana do Nunca Mais - Memória Restaurada, Democracia Viva". Na ocasião, o Ministério dos Direitos Humanos criou, inclusive, um selo alusivo à iniciativa.
" Essa página nefasta de nossas histórias não deve ser esquecida para que nunca mais se repita". "O Brasil ainda possui dificuldades no campo sociopolítico para ultrapassar essa página drástica de nossas vidas, que, vez por outra, parece querer ameaçar nossas liberdades", disse o ministro, à época.
Na oportunidade, ainda diante da liberação do governo, Almeida relacionou o período do país governado por militares ao colonialismo, o nazifascismo e as ditaduras da América Latina.
"As técnicas de tortura, de sevícias, de violência têm uma ligação direta que faz com que escravidão, nazifascismo e ditaduras militares sejam parte do mesmo evento", disse Almeida, em 2023.
Neste ano, entretanto, o veto de Lula obrigou o Ministério dos Direitos Humanos a cancelar o ato programado pela pasta.
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