O presidente substituto da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, informou nesta segunda-feira (27) que o órgão ainda não faz a inspeção de todas as aeronaves que chegam da China, epicentro do coronavírus. Segundo o Torres, a vigilância sanitária será chamada para uma análise mais detalhada apenas se for notificada presença de pessoa com suspeita de contaminação, o que ainda não aconteceu em voos que chegaram ao Brasil.
"A notificação (de casos suspeitos) não é uma opção do comandante. É compulsória. Nos casos em que é feita a notificação, a equipe terá acesso ao veículo. Vai efetuar triagem inicial", disse Torres. Se houver suspeita, a abordagem da Anvisa poderá, por exemplo, isolar o voo e levar os passageiros a um local seguro. Eles poderão ser monitorados por equipes de vigilância sanitária nos dias seguintes. A abordagem da agência, no entanto, dependerá de cada caso, segundo o representante da Anvisa. "Os riscos existem. Estamos diante de situação de um agente viral levando a graves consequências de saúde. Estamos buscando melhor forma de lidar", declarou ele.
Para o presidente substituto da Anvisa, as regras da agência são suficientes, até agora, para acompanhar o avanço da doença. "É óbvio que, se amanhã ou hoje à noite identificarmos que algo precisa ser acionado, vamos mobilizar recursos disponíveis. É uma situação dinâmica", disse.
Apesar de a Organização Mundial da Saúde (OMS) passar a classificar como "elevado" o risco internacional do coronavírus, Torres disse que a Anvisa ainda não irá mudar a forma de monitorar a doença. A pasta, porém, colocou o país em alerta para o risco de transmissão. De acordo com o governo, o Brasil entrou no nível de alerta 1, que é inicial, em uma escala que vai de 1 a 3. O nível mais elevado só é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional.
Até o momento, o Brasil não registrou casos de coronavírus. Todas as suspeitas levantadas no país foram descartadas pelo Ministério da Saúde por não se enquadrarem nos parâmetros da OMS. Para se enquadrar, é preciso apresentar sintomas de crise gripal como febre, dificuldade para respirar e tosse. Também se enquadram pessoas que viajaram para a cidade chinesa de Wuhan e que tiveram contato com pessoas com suspeita ou confirmação de infecção. Entre providências já tomadas pela Anvisa está a leitura em alto-falantes de aeroportos de informações sobre a doença e a reunião com representantes de companhias aéreas para orientação sobre formas de detecção e de proteção a equipes que atuam na higiene das aeronaves. Companhias de São Paulo já foram orientadas e empresas do Rio de Janeiro passaram pela reunião nesta terça-feira (28).
Lula critica Maduro por impedir que Yoris concorra, mas minimiza inabilitação de Corina Machado
PL cobra mais participação nas secretarias de Tarcísio em São Paulo
Trunfo para equacionar dívida de Minas com a União, Cemig tem quedas sucessivas em ranking da Aneel
Governo Tarcísio muda nome de assentamento de Che Guevara para Irmã Dulce e MST reage
Deixe sua opinião