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O programa Café com a Gazeta do Povo, recebeu nesta segunda-feira (28) a advogada Carolina Siebra, integrante da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav). Siebra comemorou a progressão de regime da idosa Vildete da Silva Guardia, de 74 anos, presa há 10 meses.
A advogada, que presta assistência humanitária a famílias do 8 de janeiro, destacou o caso de dona Vildete, que enfrentava “diversas comorbidades”, usava cadeira de rodas no presídio e pesava apenas 42 kg. “Graças a Deus, foi concedida a prisão domiciliar integral para ela neste fim de semana”, disse.
O caso de Vildete, no entanto, não é isolado. A associação identificou outros casos graves de saúde entre presos e pessoas em prisão domiciliar. Um dos principais problemas é a necessidade de autorização do ministro Alexandre de Moraes para que os detidos possam se consultar com médicos. “Essas pessoas não têm condições financeiras e dependem do SUS. Há também a dificuldade de advogados serem recebidos no Supremo Tribunal Federal”, afirmou Carolina Siebra.
Diante disso, a Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro busca apoio de parlamentares e de comissões de direitos humanos da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A associação elaborou um relatório com os 20 casos graves, divulgado à imprensa e entregue à oposição no Congresso. A iniciativa resultou na soltura de cinco presos, e a expectativa é que novos casos sejam liberados em breve.
Siebra explicou ainda que a associação oferece aos presos e familiares do 8 de Janeiro suporte como atendimento psicológico voluntário e assistência jurídica para quem não pode pagar advogado. Mesmo assim, muitas famílias enfrentam dificuldades financeiras para arcar com exames médicos, transporte, alimentação e outras necessidades básicas.
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