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A Rainha Elizabeth recebendo a premiê Liz Truss, na Escócia, em 6 de setembro de 2022.
A Rainha Elizabeth recebendo a premiê Liz Truss, na Escócia, em 6 de setembro de 2022.| Foto: EFE/EPA/Andrew Milligan

Autoridades brasileiras e candidatos à Presidência da República lamentaram a morte da rainha Elizabeth II, aos 96 anos, nesta quinta-feira (8), na Escócia. A morte da monarca britânica foi confirmada pelo Palácio de Buckingham. O presidente Jair Bolsonaro (PL) decretou luto oficial de três dias no Brasil em sinal de pesar e a mensagem foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Bolsonaro também se manifestou sobre o falecimento da monarca pelas redes sociais. O presidente disse que o Brasil recebeu a notícia com pesar e comoção. Ele destacou que a rainha foi “uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos”.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, lamentou a morte da monarca britânica nas redes sociais. Michelle citou a mensagem enviada pela rainha pela comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil. "Nossos sentimentos à família real e ao povo britânico pela passagem da rainha Elizabeth. Que Deus os conforte. Somos gratos por sua cordial lembrança e felicitações pelos 200 anos de nossa independência, no dia de ontem", escreveu a primeira-dama no Instagram.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores salientou que o governo brasileiro recebeu a notícia do falecimento com profundo pesar e ressaltou que foi decretado luto oficial de três dias. O Itamaraty disse que Elizabeth II foi uma símbolo de liderança e estabilidade para o Reino Unido e para o mundo.

"Rememorar a visita da Rainha Elizabeth II e do Duque de Edimburgo ao Brasil é valorizar a parceria estratégica entre o Brasil e o Reino Unido, que abrange grande número de áreas – comércio, saúde, investimentos, intercâmbio acadêmico, ciência e tecnologia – e que tem, como objetivo maior, contribuir para o bem-estar de brasileiros e britânicos, em prol do progresso de ambos os países. O Governo brasileiro transmite suas sentidas condolências à família real, bem como ao governo e ao povo do Reino Unido e dos demais membros da Commonwealth", diz um trecho da nota.

O Poder Executivo registrou também as manifestações de vários ministros, entre eles Ciro Nogueira e Fábio Faria, das pastas da Casa Civil e das Comunicações, respectivamente.

Nogueira prestou solidariedade ao povo da Grã-Bretanha e disse que a morte da rainha significa a perda de um  símbolo mundial. “A Rainha Elizabeth vivenciou alguns dos períodos mais desafiadores da história. Sua trajetória deixa um legado de dedicação ao seu país”, afirmou o titular da Casa Civil.

O ministro da Comunicações também afirmou que o falecimento da monarca britânica é uma perda para todo o mundo. “Foi uma líder que serviu de exemplo para muitos e cumpriu sua missão de vida. Que Deus conforte os familiares”, escreveu Faria.

Poder Legislativo

Mais cedo, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, divulgou nota de pesar. Ele lembrou que a rainha era chefe de Estado do Reino Unido e de mais 14 Estados independentes dos Reinos da Comunidade de Nações, e que liderava a Commomwealth, a Comunidade das Nações, organização intergovernamental composta por 56 países e população de 2,5 bilhões de pessoas.

Segundo Pacheco, Elizabeth II “cumpriu seu papel constitucional com louvor e foi um exemplo de estadista”. E completou: “em nome do Congresso Nacional brasileiro, presto condolências à família e a todo o povo do Reino Unido”.

Além dele, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), manifestou profundo pesar e disse que a monarca “testemunhou as grandes transformações pelas quais o mundo passou no quase um século que viveu”.

Presidenciáveis

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato a presidente pelo PT, também se manifestou pelas redes sociais. Lula prestou condolências e ressaltou as relações diplomáticas com o Reino Unido durante os seus dois mandatos. O petista destacou ainda que a rainha Elizabeth II testemunhou e participou de grandes eventos históricos nos últimos 80 anos. “Marcou era como Chefe de Estado, reinando em convivência com primeiros-ministros de diferentes linhas ideológicas”, disse Lula.

Já a senadora Simone Tebet, que disputa o Palácio do Planalto do MDB, afirmou que a rainha foi um exemplo de liderança ao longo das décadas e que ela também foi um modelo de convivência respeitosa entre instituições de Estado. A candidata também fez uma crítica indireta a alguns de seus concorrentes no pleito de outubro em sua manifestação de pesar. “Sua vida, seus atos, sua trajetória servem como modelo num mundo em que valores como estes têm sido cada vez mais aviltados, como vem acontecendo, infelizmente, em nosso país”.

Outro presidenciável a publicar nota de pesar foi Ciro Gomes, candidato à Presidência da República pelo PDT. Ele disse que um ciclo se fecha na monarquia britânica com a morte da rainha Elizabeth II, mas que “se abrem as portas da história para uma mulher que foi um símbolo de superação, sacrifício pessoal e devotamento à causa de uma nação. Que ela descanse, merecidamente, em paz”.

A senadora Soraya Thronicke, candidata a presidente pelo União Brasil, disse que o Brasil deve valorizar e respeitar a figura feminina como fazem os ingleses. E destacou que “Elizabeth II foi uma mulher à frente do seu tempo - real defensora da família, do Estado e de seu povo. ‘Enfrente ou em frente’, seu maior ensinamento”.

Já Felipe D’Avila, que disputa a Presidência pelo Novo, afirmou que, com a morte da rainha, desaparece “o último sopro de dignidade e de civilidade que ainda restava na política”. Segundo o candidato, Elizabeth II era considerada “um símbolo de alguém que sempre soube personificar os valores e tradições do seu país e a defesa implacável da coroa, da democracia e da civilidade”.

Poder Judiciário

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, divulgou uma nota de oficial de pesar pela morte da rainha Elizabeth II nesta quinta. Fux citou que a monarca "representou um modelo para as mulheres das mais diversas gerações e foi um ícone cultural do nosso tempo". O magistrado também lembrou da visita da rainha ao STF, quando veio ao Brasil em 1968.

"Recebo com profundo pesar a notícia da morte de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II. A monarca que sempre esteve firme ao lado do seu povo em períodos de grandes transformações na humanidade. Exemplo de elevadas virtudes, representou um modelo para as mulheres das mais diversas gerações e foi um ícone cultural do nosso tempo", disse.

"Relembro que a Rainha visitou o STF em novembro de 1968, ocasião na qual entregou uma comenda ao então presidente do STF, Ministro Luiz Galloti. Em discurso, Elizabeth II mencionou a importância da harmonia entre os poderes: 'Impressionou-me a ideia, traduzida na mais ousada e bela das arquiteturas, de se construir uma Capital em torno dos Três Poderes fundamentais do Estado: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Os três devem funcionar em uníssono, porquanto, no fim, é o primado do Direito que constitui o bem mais precioso do Estado civilizado'", afirmou Fux, em nota.

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