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Luís Roberto Barroso
Luís Roberto Barroso, no entanto, negou que tenha a intenção de disputar a presidência do país após sugestão de Sarkozy.| Foto: Rosinei Coutinho/STF

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sugerido pelo ex-presidente francês, Nicolas Sarkozy, para disputar a presidência do país. A sugestão do político foi dada nesta sexta (13) durante o 1º Fórum Internacional Esfera Brasil, realizado em Paris.

Barroso fez uma longa palestra no fórum sobre a atuação do STF em temas ligados ao legislativo, mudanças climáticas, desigualdade social, entre outros. As falas foram elogiadas pelo ex-mandatário francês, que disse que o ministro fez um “discurso de orientação política”, o que justificaria sua candidatura a uma “nova presidência”.

“O presidente da Corte Suprema fez discurso incrível. O senhor está pronto para uma nova presidência, uma outra presidência. Foi um discurso excelente, eu entendi tudo, trata-se de um discurso de orientação política, muito mais do que um discurso de orientação jurídica, muito interessante”, disse Sarkozy logo depois.

Luís Roberto Barroso, no entanto, respondeu que não pretende entrar na disputa. “Não passa pela minha cabeça”, disse em registro da Folha de São Paulo.

Durante o discurso no evento, o ministro colocou o foco na importância do STF de um “protagonismo” em questões abrangentes da Constituição Federal, que frequentemente são objeto de questionamento no tribunal. Barroso afirmou que “é preciso que o interesse seja muito chinfrim para não chegar ao Supremo”.

Ele explicou, ainda, que as críticas e contestações de uma interferência em outros Poderes ocorrem por conta da transmissão televisiva de julgamentos e da extensa cobertura da imprensa, que, segundo o ministro, contribuem para a visibilidade do STF.

Barroso, que assumiu a presidência do STF em agosto deste ano, passou por embates e polêmicas nos últimos anos, especialmente em relação a apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O mais significativo foi em julho deste ano durante a participação em um congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em que disse que lutou para “derrotar o bolsonarismo”.

A declaração gerou críticas de setores da sociedade civil e desgaste ao Supremo, que precisou divulgar notas para contestar uma suposta atuação política.

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