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A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro (PL) assume um papel estratégico no ato pela anistia programado para tarde deste domingo (6), na avenida Paulista, em São Paulo (SP), no movimento de mulheres que usam o batom como símbolo da luta pela liberdade.
A esposa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo de convocação para que as mulheres participem da manifestação com batons em referência ao caso da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que ficou presa por mais de dois anos pela participação nos protestos do 8 de janeiro. Ela foi detida por ter pichado, com batom, a estátua da Justiça, no Supremo Tribunal Federal (STF).
A expectativa é que o ato pela anistia dos presos do 8 de janeiro, que também pode beneficiar Bolsonaro com a retomada dos direitos políticos para a disputa das eleições em 2026, conte com a adesão feminina na avenida Paulista.
No palanque do evento, o ex-presidente terá o apoio de governadores e parlamentares da oposição ao governo Lula na manifestação para pressionar o Congresso a votar e aprovar o PL da Anistia. Os discursos de políticos e autoridades estão programados para começar às 14h.
Além de Michelle, outras mulheres participam do vídeo de convocação do movimento feminino, entre elas, a senadora e ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) e as deputadas federais Carol de Toni (PL-SC), BIa Kicis (PL-DF) e Rosana Valle (PL-SP).
O vídeo começa lembrando que a pichação em batom foi apagada facilmente, no entanto, as decisões dos ministros do STF ainda repercutem na vida dos presos do 8 de janeiro. “O que jamais será apagado são as marcas profundas causadas pela injustiça de homens poderosos”, afirma Michelle Bolsonaro.
A cabeleireira Débora Rodrigues escreveu “perdeu, mané” na estátua da Justiça, em referência a frase do ministro do STF Luís Roberto Barroso, que respondeu ao questionamento de um cidadão ao ser abordado sobre o resultado da eleição presidencial de 2022.
Após dois anos de detenção no interior de São Paulo, o ministro do Supremo Alexandre de Moraes autorizou a prisão domiciliar da cabeleireira com uso de tornozeleira eletrônica no final de março.
Líder do PL na Câmara, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) afirmou que o partido já cogita lançar Débora Rodrigues como candidata nas próximas eleições e que o batom se tornou “um símbolo da luta pela liberdade”.
Pelas redes sociais, a deputada Bia Kicis e a vereadora de São Paulo Zoe Martinez (PL-SP) também reforçaram a necessidade da participação feminina no ato pela anistia e pediram para as mulheres levarem os batons para avenida Paulista, como “armas” contra as injustiças impostas pelo Supremo.

No ato pela anistia de Copacabana, no mês de março no Rio de Janeiro, o batom já havia sido usado como símbolo por mulheres que apoiam a anista dos presos do 9 de janeiro e a reversão do processo de inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro para a disputa do cargo em oposição a Lula nas eleições do próximo ano.







