Bolsonaro e o presidente da Argentina, Mauricio Macri, em pronunciamento conjunto na Casa Rosada, sede do governo argentino.| Foto: Raphael Sibilla / Gazeta do Povo

O acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia está próximo de ser assinado afirmaram os presidentes do Brasil e Argentina em uma declaração conjunta na Casa Rosada, sede do governo argentino, nesta quinta-feira (6). Jair Bolsonaro (PSL) e Mauricio Macri estão em Buenos Aires, onde cumprem agenda com ministros de Estado ao longo do dia. O encontro dos mandatários acontece um mês antes da reunião da cúpula do bloco comercial sul-americano.

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De acordo com Paulo Guedes, ministro da Economia que também participa do encontro, a expectativa é de que o acordo entre os dois blocos seja firmado em três ou quatro semanas. No dia 20 de junho haverá uma reunião técnica entre Mercosul e União Europeia e, se houver avanços, um novo encontro será feito no dia 27, em Bruxelas, sede da EU.

“Parabéns a vossa excelência por esse trabalho, o acordo do Mercosul com a União Europeia, pela maneira como arregaçou as mangas. Nesse momento, praticamente trouxemos todos os ministros que interessavam e interessam para a consecução desse objetivo. Em grande parte devemos ao seu empenho a questão do Mercosul. Todos nós ganharemos com isso, Brasil, Argentina e demais países desse bloco” disse Bolsonaro.

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O presidente argentino falou sobre a importância do Mercosul se reinventar e ser o motivo de integração comercial entre os países. Depois de 30 anos, o bloco precisa fazer com que os países da América do Sul saiam de um isolamento comercial. “Estamos muito perto de um acordo com a União Europeia, com Canadá e Coreia, para um avanço na integração global” declarou Macri.

O peso do Mercosul

O tema Mercosul é frequente na agenda dos dois presidentes. Macri foi o primeiro chefe de estado a visitar Bolsonaro após sua posse e, já naquela ocasião, eles discutiram a necessidade de "enxugar" o bloco. Em janeiro, Bolsonaro e Macri debateram o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia – empacado desde que as negociações começaram em 1999 –, além da flexibilização das regras do bloco sul-americano, que atualmente impede que países integrantes negociem individualmente acordos de livre comércio com outras nações.