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Paraná Pesquisas: Bolsonaro
Bolsonaro diz que tem posição definida sobre autonomia da Polícia Federal| Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro criticou a demarcação de terras para reservas ambientais e indígenas durante encontro com governadores para discutir alternativas de ação para conter as queimadas na Amazônia. A reunião realizada nesta terça (27) reuniu os nove governadores da região da Amazônia Legal e membros do governo.

O presidente atribuiu ao que chamou de “ indústria da demarcação de terras indígenas” o impedimento para o desenvolvimento dos estados. “Muitas reservas tem o aspecto estratégico, que alguém programou, isso o índio não fez, [ele] não fala nossa língua, e tem 14% do território nacional. A intenção é nos inviabilizar", afirmou Bolsonaro.

O presidente citou várias vezes o número de reservas ambientais e indígenas que aguardam o aval presidencial para serem criadas e ressaltou que seu governo não aceitou fazer mais demarcações. “A questão ambiental tem que ser conduzida com racionalidade e não com selvageria que foi conduzida dos últimos governos”, afirmou.

Novas críticas a Macron

As críticas a Macron foram recorrentes. Bolsonaro citou frases que teriam sido ditas pelo presidente francês sobre a necessidade de construir um novo direito internacional do meio ambiente. “Não temos nada contra o G7, temos contra um presidente do G7”, disse se referindo a Macron.

“Nossa união é importantíssima, aqui não tem esquerda, nem direita”, afirmou Bolsonaro sobre a crise relacionada com a fala da internacionalização da Amazônia . General Augusto Heleno, ministro do GSI, subiu o tom e disse que era preciso lembrar que 90% das colônias francesas vivem em situação deplorável e classificou a fala de Macron como “molecagem”.

Regularização fundiária e fundo Amazônia

Um dos pedidos mais frequentes entre os governadores presentes foi a necessidade de facilitar a regularização fundiária. Helder Barbalho, governador do Pará, classificou como a regularização como “determinante para a solução dos problemas agrários e ambientais para a nossa região”.

Outra demanda dos governadores foi a continuidade do uso do Fundo Amazônia. “Não é correto de nossa parte abdicarmos de recursos”, ressaltou Barbalho. Flávio Dino, governador do Maranhão, defendeu uma postura mais ponderada diante da crise e ressaltou que muitos projetos dependem do fundo, “rasgar dinheiro não é algo sensato na atual conjuntura”, afirmou.

Reunião para discutir crise na Amazônia

Bolsonaro se reuniu com governadores de nove estados que fazem parte da Amazônia Legal em Brasília, nesta terça (27). Estiveram presentes os governadores: Helder Barbalho (Pará); Antonio Denarium (Roraima); Mauro Carlesse (Tocantins); Marcos Rocha (Rondônia); Wilson lima (Amazonas); Mauro Mendes (Mato Grosso); Flávio Dino (Maranhão); Waldez Góes (Amapá) e o vice-governador do Acre, Major Rocha.

Na sexta (23), o presidente autorizou o uso das Forças Armadas na Amazônia, entre 24 de agosto a 24 de setembro. Na noite desta segunda (26), o governo afirmou que deve rejeitar os US$ 20 milhões oferecidos pelos países do G7 para ajudar no combate às queimadas.

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