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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (16) que será o candidato da direita à presidência da República nas eleições de 2026. Bolsonaro também ameaçou "jogar a toalha", caso permaneça inelegível no próximo pleito.
A declaração ocorre após o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, apontar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como o “número 1 da fila” para receber o apoio do partido na disputa pelo Planalto.
“Quero deixar bem claro, eu sei que não sou nada no partido, agradeço muito ao Valdemar, mas o candidato para 2026 é Jair Messias Bolsonaro. Estou inelegível por quê? Por que me reuni com embaixadores? Por que subi no carro de som do pastor Malafaia?”, afirmou o ex-mandatário em entrevista ao canal Auri Verde Brasil.
Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos após ele criticar a segurança das urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores, em julho de 2022. Com isso, ele está impedido de disputar qualquer cargo público até 2030.
Valdemar avalia Tarcísio e Eduardo como substitutos de Bolsonaro para 2026
Em entrevista à GloboNews, no último dia 11, Valdemar disse que acredita na possibilidade de reverter a inelegibilidade de Bolsonaro. No entanto, indicou que já avalia um substituto para as próximas eleições.
“Eu acho que o Bolsonaro ainda vai ser candidato. Quando o Lula estava preso, vocês achavam que ele ia ser candidato? Ninguém achava no Brasil. Mas eu acho que vai ter uma saída para isso. A gente vai tentar votar a anistia”, afirmou o dirigente.
“O primeiro da fila é Tarcísio, mas temos o Eduardo Bolsonaro também. O Eduardo é um cara combativo. Estamos estudando para ele defender o partido, e que tenha imunidade [parlamentar]. Eu não tenho, o Bolsonaro não tem”, acrescentou.
Bolsonaro ameaça “jogar a toalha” se estiver inelegível em 2026
O ex-presidente afirmou que pretende “jogar a toalha” e “cuidar da vida”, caso seja impedido de disputar as eleições de 2026.
“Se isso for avante e se essa inelegibilidade continuar valendo, eu jogo a toalha e não acredito mais no Brasil, no meu país, que eu tanto amo e adoro e dou a minha vida por ele”, disse.
“Mas, realmente, é inacreditável. Se isso continuar valendo, eu só tenho um caminho: cuidar da minha vida. Antes que me matem, ou façam algo pior com a minha vida”, ressaltou.