Bolsonaro saúda apoiadores em ato deste domingo.| Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente Jair Bolsonaro foi entrevistado ao vivo na noite de domingo (15) pela CNN Brasil, minutos após a inauguração do canal. Ele respondeu às críticas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e de Davi Alcolumbre (DEM-AP) sobre a sua participação nos atos pró-governo do domingo. “Essas pessoas querem lançar uma cortina de fumaça sobre o seu trabalho, que não está sendo reconhecido por parte da população”, disse o presidente. “Prezado Davi Alcolumbre, prezado Rodrigo Maia, querem sair às ruas? Saiam às ruas e vejam como vocês são recebidos”.

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Bolsonaro, porém, disse que está aberto para conversar com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado nesta segunda (16), para “deixar de lado qualquer picuinha que exista”. “O Brasil está acima de nós três”, declarou. Ele disse ainda que na próxima semana deve instalar um gabinete de crise para lidar com o impacto da pandemia de coronavírus na economia.

O presidente afirmou considerar que existe alarmismo a respeito das medidas para conter o coronavírus. “Com toda certeza há um interesse econômico envolvido nisso tudo para que se chegue a essa histeria”, disse. “Em 2009, 2010 tivemos uma crise semelhante por outro problema. Mas aqui no Brasil era o PT que estava no governo e nos Estados Unidos eram os democratas. E a reação não foi nem sequer perto dessa que está acontecendo hoje em dia no mundo todo”.

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“Passei de carro, não parei e, depois, fui para a Presidência da República. E ali o povo se aglomerou e eu fui conversar com o povo”, disse, sobre a sua participação nas manifestações em Brasília. Bolsonaro reconheceu que aglomerações podem facilitar a contaminação e afirmou “temer pelo pior”. Mas se justificou: “É o povo, eu sou presidente da República da população, do povo brasileiro. Estive do lado deles”, disse. “Muitos pegarão isso [o coronavírus] independentemente dos cuidados que tomem, tá certo? Isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde”.

Para Bolsonaro, proibir grandes eventos pode afetar a economia e gerar desemprego. Com isso, a população se alimentaria mal e ficaria mais vulnerável ao coronavírus. “O desemprego leva pessoas que já não se alimentam muito bem a se alimentar ainda pior. Assim, ficam mais sensíveis e, uma vez sendo infectadas, pode levar até a óbito”, argumentou. “Quando você proíbe jogo de futebol e outras coisas, você tá partindo para o histerismo, no meu entender”.