O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Paulo Cunha Bueno, afirmou que o ex-mandatário não possui relação “com qualquer tipo de conspiração” envolvendo o senador Marcos do Val (Podemos-ES). Bolsonaro foi convocado a prestar depoimento à PF (Polícia Federal) no inquérito que apura as declarações do senador sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
“O presidente sempre esteve completamente à disposição a todas as convocações e continuará estando à disposição sempre que for convocado. É um depoimento simples. […] De sorte que a gente não tem qualquer preocupação com conteúdo e com qualquer indagação que venha a ser feita amanhã”, declarou o advogado em coletiva de imprensa nesta terça-feira (11).
A oitiva desta quarta-feira (12) foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 16 de junho. Com novo depoimento, o presidente já acumula quatro oitivas com a Política Federal (PF).
A primeira foi no dia 5 de abril, no caso das joias recebidas como presente da Arábia Saudita. A segunda ocorreu no dia 26 do mesmo mês, tendo como o tema os atos de 8 de janeiro. Já a terceira foi realizada em 16 de maio, que buscou investigar supostas fraudes em seu cartão de vacina.
Caso Marcos do Val
O senador, que está afastado após pedir licença, é alvo de um inquérito que apura tentativa de atrapalhar investigações contra o ex-presidente. Segundo a acusação, Do Val teria tentado envolver o ministro do STF Alexandre de Moraes em uma situação que impediria sua atuação nas investigações sobre os ataques às sedes do Três Poderes.
Em fevereiro, o senador reafirmou à imprensa a existência de um suposto plano por parte de Bolsonaro para tomar o poder. No entanto, um dia depois, do Val recuou e isentou o ex-presidente de responsabilidade na suposta tentativa.
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