Fauzi se torna réu por atentado ao Porta dos Fundos
Imagens do circuito de segurança do Aeroporto Tom Jobim mostram Eduardo Fauzi passando por procedimentos de embarque, na tarde de 29 de dezembro de 2019.| Foto: Reprodução/TV Globo

O economista Eduardo Fauzi, acusado de arremessar coquetéis molotov para dentro do prédio onde funciona a produtora do grupo humorístico Porta dos Fundos, no Rio, em 24 de dezembro de 2019, vai responder por tentativa de homicídio. Ele se tornou réu nesta terça-feira (22), quando a 3ª Vara Criminal do Rio de Janeiro aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado do Rio. Fauzi, que viajou para a Rússia cinco dias depois do crime, está preso em Moscou desde o início deste mês e aguarda a extradição para o Brasil. Na mesma decisão que tornou Fauzi réu, a Justiça determinou sua prisão preventiva. Para o MP-RJ, Fauzi assumiu o risco de matar o vigilante que trabalhava na portaria do edifício. Ainda segundo a denúncia, o delito foi praticado por motivo fútil. Para o juiz Alexandre Abrahão, há indícios de autoria, assim como risco à garantia da ordem pública caso o acusado seja mantido em liberdade. Em nota, a defesa do réu nega que ele tenha arremessado qualquer artefato contra a produtora e diz que "recebeu com surpresa" a decisão judicial de aceitar a denúncia. "Soa absurdo que, mesmo havendo um laudo pericial extenso" e "vários estudos do Instituto de Criminalística da Polícia do RJ afirmando que não houve explosão e risco contra a vida de qualquer pessoa", Fauzi seja julgado "como um homicida". O escritório afirma ainda que "demonstrará a desnecessidade da decretação da prisão preventiva" e a inocência do cliente.