Acusado de extorsão, deputado Aécio Neves (PSDB-MG) agora quer castigar quem não é acusado de cometer crime nenhum.
O deputado Aécio Neves (PSDB-MG).| Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O deputado Aécio Neves (MG) afirmou nesta sexta-feira (19) que não deixará o PSDB caso o governador de São Paulo, João Doria, ganhe as prévias e se torne pré-candidato à presidência da República pelo partido. Os dois são inimigos políticos. A eleição interna da legenda vai ocorrer neste domingo (21). "Essa hipótese é ridícula. Simplesmente não existe”, disse Aécio sobre a possibilidade de deixar o PSDB. A informação foi divulgada pelo Estadão.

Além de Doria, concorrem a vaga de candidato o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e o ex-prefeito de Manaus Arthur Virgílio (AM). No entanto, a disputa está focada entre os governadores paulista e gaúcho. Aécio disse que as prévias são uma boa "experiência", mas fez críticas a Doria, que já tentou expulsá-lo do partido. "O que não faz bem às prévias são tentativas de fraudar o colégio eleitoral, como aquela feita pelo diretório de São Paulo com a inclusão de 92 prefeitos e vices que não estavam aptos a votar", ressaltou Aécio.

No dia 2 de novembro, a Comissão Partidária de Prévias do PSDB excluiu 92 prefeitos e vices de São Paulo da lista de eleitores das prévias, após aliados de Leite questionarem as datas de filiação do diretório paulista. Depois do episódio, houve a exclusão de mais 34 filiados da lista de eleitores, desta vez de estados aliados ao governador gaúcho. Com isso, a Executiva Nacional do PSDB acabou suspendendo a participação dos novos filiados na eleição interna.