Desmatamento na Amazônia.| Foto: Mayke Toscano/AFP
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O ex-secretário de Estado americano John Kerry, maior autoridade para assuntos ligados ao clima do governo de Joe Biden, afirmou nesta quarta-feira (12) em audiência no Congresso americano que o diálogo dos Estados Unidos com o governo do presidente Jair Bolsonaro é uma forma de evitar que a Amazônia "desapareça".

Ele defendeu as negociações com Brasília como a melhor alternativa na busca pela proteção da floresta e disse que é preciso "descobrir o que está acontecendo" na floresta amazônica. "Um dia depois da promessa de eliminar o desmatamento ilegal até 2030, o presidente Bolsonaro aprovou um corte de 24% no orçamento ambiental para 2021. Em que consiste a política americana para a Amazônia brasileira e como podemos abordar a consistente falta de recursos em regulações ambientais do atual governo do Brasil?", perguntou o deputado democrata Albio Sires.

"Eles dizem que estão comprometidos agora em aumentar o orçamento e que irão colocar de pé uma nova estrutura. Nós estamos dispostos a falar com eles, não com vendas nos olhos, e sim com um entendimento de onde já estivemos. Mas se não falarmos com eles é garantido que a floresta vai desaparecer", disse Kerry. Segundo ele, os dois países estão tentando formatar uma estrutura que possibilite a verificação das metas e prestação de contas pelo governo brasileiro.

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Kerry afirmou que espera ver as conversas com o governo brasileiro concretizadas. "Estamos no meio dessa negociação agora. Começamos há algumas semanas atrás. Tivemos algumas conversas boas e temos esperança de transformar a intenção em ação, que seja efetiva e verificável. Obviamente há desafios nisso e estamos cientes desses desafios", disse Kerry.

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