Aras também destacou que, a pedido da PGR, foram abertos 148 novos inquéritos neste ano, que envolvem cerca de 200 autoridades com prerrogativa de foro privilegiado.
Aras também destacou que, a pedido da PGR, foram abertos 148 novos inquéritos neste ano, que envolvem cerca de 200 autoridades com prerrogativa de foro privilegiado.| Foto: Isac Nobrega

Alvo de críticas de parlamentares e procuradores por conta de sua atuação em casos que miram o Palácio do Planalto, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse nesta terça-feira (15) que o presidente Jair Bolsonaro não pode ser tratado de forma "grosseira". No Supremo Tribunal Federal (STF), pelo menos três inquéritos miram o governo e aliados de Bolsonaro: o das fake news, o dos atos antidemocráticos e a investigação que apura se o chefe do Executivo tentou interferir na Polícia Federal.

Para Aras, não cabe ao Ministério Público Federal (MPF) fazer oposição ao governo, nem ser submisso ao presidente. "Não se trata de fazer oposição ao governo, se trata de cumprir a lei. Não se trata de submissão ao presidente. É preciso uma lembrança: nós não podemos estar tratando o presidente da República - qualquer que seja - de uma forma grosseira, porque a Constituição dá um tratamento peculiar ao presidente", observou Aras.

Ao fazer um balanço de sua gestão, Aras também destacou que, a pedido da PGR, foram abertos 148 novos inquéritos neste ano, que envolvem cerca de 200 autoridades com prerrogativa de foro privilegiado. Um total de 20 acordos de colaboração premiada foram fechados neste ano, com multas acertadas que ultrapassam R$ 4 bilhões. "Façam uma pesquisa, obtivemos mais resultados que as últimas administrações, sem o estrépito da mídia", afirmou.