Terceira Seção do STJ manteve decisão liminar de abril que autoriza a soltura de presos que podem ser soltos mediante fiança, mas que não podiam pagar.
PF apura ataque hacker ao STJ.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A invasão hacker ao sistema informatizado do Superior Tribunal de Justiça (STJ), há duas semanas, fez com que dados e informações de alunos que realizam cursos online na Corte sumissem. Os estudantes, a maior parte deles advogados, tiveram as notas de provas bloqueadas pelo invasor e todo o registro de atividades realizadas até a data do ataque desapareceram do sistema do tribunal, que não conseguiu recuperar essas informações.

No dia 3 de setembro deste ano, por exemplo, o tribunal abriu 500 vagas para um curso denominado "A eficiência dos precedentes judiciais no STJ". Na última quarta-feira (18), os inscritos foram surpreendidos com um e-mail informando o cancelamento das aulas e que não foi possível recuperar os dados com as atividades já realizadas pelos alunos. Dessa forma, os certificados não teriam como ser emitidos.

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o ataque hacker que paralisou as atividades do STJ no dia 4. Na ocasião, o acesso a processos e informações do tribunal foram bloqueados, afetando cerca de 12 mil julgamentos. A Corte só voltou ao trabalho normal uma semana depois, após recuperar os dados em seus sistemas de backups.