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O presidente Jair Bolsonaro não quer "sujar as mãos" e descarta demitir o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O que ele deseja mesmo é que o próprio Castello Branco se demita, embora o presidente não vá fazer qualquer esforço para evitar a fritura do executivo. Pelo contrário. A tendência é aumentar.

A informação de que Bolsonaro aguarda o pedido de demissão de Castello Branco é ventilada dentro da Petrobras. O presidente da República está insatisfeito com os consecutivos pesados reajustes autorizados autorizados sobre os combustíveis.

Assessores e vice-presidentes da estatal lamentam a fritura e afirmam que a pressão é "absurda" para que a carta de demissão seja escrita o quanto antes. O modus operandi de Bolsonaro é muito semelhante ao que fez com Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde. À época, mesmo com a relação desgastada, Bolsonaro pressionou Mandetta a pedir demissão, mas não o demitiu.

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Bolsonaro quer evitar o ônus e desgaste com o mercado de demitir Castello Branco. Mas esse é só um dos motivos. O outro é, claro, amenizar um novo constrangimento que causará na relação com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Afinal, não seria a primeira vez que Bolsonaro força a demissão de um executivo indicado por Guedes.