| Foto: Alan Santos/PR.
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou nesta quarta-feira (16) as declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin sobre possíveis ciberataques vindos da Rússia. O mandatário afirmou que a atitude do ministro criou constrangimento durante a viagem. "É triste e é constrangedor para mim receber acusação como se a Rússia se comportasse como um país terrorista digital. Isso é lamentável, esse tipo de declaração. Confesso, se não visse as imagens, fosse uma matéria escrita apenas, ia falar que eram fake news", disse Bolsonaro em entrevista à rádio Jovem Pan.

Fachin afirmou que países como a Rússia "têm relutado em sancionar os cibercriminosos que buscam destruir a reputação da Justiça Eleitoral e aniquilar com a democracia". O ministro fez a declaração na última segunda-feira (14) em entrevista ao jornal O Globo. Fachin vai assumir na próxima semana a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Não sei porque o desespero com esse ataque gratuito a um país ao qual o chefe de Estado brasileiro está presente, como se aqui fosse um país que viesse a participar de forma criminosa em umas eleições no Brasil. Lamentamos muito essa fala do ministro Fachin enquanto o chefe de Estado brasileiro está em solo russo", afirmou o chefe do Executivo.

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Na entrevista desta quarta, o presidente voltou a dizer que os ministros querem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de volta ao poder. Apesar de não nomear diretamente os magistrados, além de Fachin, Bolsonaro citou durante a entrevista os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

"Nós vemos que exatamente alguns do Supremo, a minoria do Supremo, é que age na contramão da nossa Constituição. E ali a mensagem clara que fica é que eles têm partido político. Não querem o Bolsonaro lá e querem o outro, que esteve há pouco tempo no xadrez, no xilindró", disse.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]