campanha violenta
O guarda municipal Marcelo Arruda, foi assassinado em festa de aniversário que teve Lula como tema.| Foto: Reprodução/Redes Sociais

O presidente Jair Bolsonaro (PL) encontrou nesta quarta-feira (20) um dos irmãos do petista Marcelo Arruda, morto pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do governo. O irmão de Marcelo, José Arruda, estava acompanhado do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), e do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ).

O presidente comentou sobre a reunião em um evento religioso em Taguatinga. Ele afirmou que se encontrou com José Arruda para “destruir” a narrativa de que a motivação do crime foi política, informou a CNN Brasil.

“Brigas existem, mas como aquela não tem explicação. Do nada, deixando um chefe de família morto. Não interessa a comemoração política daquela pessoa. Estive com ele, destruindo narrativas e mostrando que me interessa conversar com ele. Conversamos normalmente, por aproximadamente uma hora. Nós sabemos oque temos pela frente, sabemos o que interessa para o futuro do Brasil”, disse o mandatário.

Eles chegaram ao Palácio do Planalto perto das 16h30. José deixou a reunião cerca de uma hora depois, sem falar com a imprensa. O presidente já havia conversado com José e outro irmão de Marcelo, Luiz Arruda, por chamada de vídeo no último dia 12. Os dois irmãos do petista são apoiadores de Bolsonaro. A ligação foi intermediada por Otoni.

No dia da ligação, a viúva de Marcelo Arruda, Pâmela Suellen Silva, ficou surpresa ao saber da conversa entre Bolsonaro e seus cunhados. Pâmela ressaltou que, apesar das divergências no campo político, seu marido sempre respeitou José e Luiz e eles conversavam. "Sabíamos que eles apoiavam o presidente, mas não imaginei que chegasse a esse ponto de eles deturparem a real história, dizer que o cara não foi por motivos políticos lá", disse Pâmela ao UOL.

Nesta quarta, o Ministério Público do Paraná apresentou denúncia contra Guaranho, que atirou e matou Marcelo, no último dia 9. Os promotores mudaram a classificação do homicídio para motivo fútil, diferente do motivo torpe, que havia sido indicado pela Polícia Civil.