Bolsonaro
Manifestação de Bolsonaro acontece um dia depois do STF rebater críticas do presidente por meio de um vídeo publicado nas redes sociais oficias da Corte.| Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma série de publicações feitas na tarde desta quinta-feira (29) pelo Twitter. A manifestação acontece um dia depois do STF rebater declarações anteriores de Bolsonaro nas redes sociais oficiais da Corte e reforçar que não impediu o governo federal de agir no combate da pandemia.

Ao pontuar as ações da União durante o período, Bolsonaro voltou a citar a decisão do STF de abril do ano passado. “O (STF) decidiu, em 04/2020, que "não compete ao Poder Executivo afastar, unilateralmente, as decisões dos governos estaduais, distrital e municipais que adotaram importantes medidas restritivas como a imposição de quarentena, suspensão de atividades de ensino, restrições de comércio, atividades culturais e à circulação de pessoas”, publicou o presidente.

“Desta forma, o STF delegou poderes para que estados e municípios fechassem o comércio, decretassem lockdown, fechassem igrejas, prendessem homens e mulheres em praças públicas ou praias, realizassem toque de recolher, etc. O Governo Federal, por duas vezes, foi ao STF para que decretos de governadores, que violavam incisos do art. 5° da Constituição Federal, que trata das liberdades individuais, fossem declarados inconstitucionais. Lamentavelmente estas ações sequer foram analisadas”, afirmou.

“Em nenhum momento este governo deixou de respeitar o sagrado direito à liberdade de expressão de todos. Cometem atos antidemocráticos exatamente os que querem, pelo uso da força, calar quem se manifesta. Sempre defendi, mesmo sob críticas, que o vírus e o desemprego deveriam ser combatidos de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. A fome também mata”.

Dentre as postagens, Bolsonaro voltou a afirmar que o Brasil é um dos países que mais vacina no mundo e que mais investe nos imunizantes, criticando também a limitação no tratamento precoce da Covid-19. “Fake news desestimularam o tratamento inicial da doença, desrespeitando, inclusive, parecer do Conselho Federal de Medicina que atribui ao médico a decisão de receitar, com aquiescência do paciente ou familiar, o tratamento off-label (fora da bula). A vacina é uma realidade em nosso Governo. Fora os países produtores da mesma, o Brasil é aquele que mais investe em imunizantes e que mais vacinou sua população”, publicou.