O juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio de Janeiro, em palestra no Congresso Nacional Sobre Macrocriminalidade e Combate à Corrupção, em Curitiba.
Marcelo Bretas, juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, diz que há muitas outras provas contra o réu além do relatório do Coaf.| Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo

O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, negou nesta segunda-feira (29) o primeiro recurso de um réu da Lava Jato com base na decisão do ministro Dias Toffoli, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu investigações que tenham usado dados de órgãos fiscalizadores sem autorização judicial prévia. Acusado de atuar como operador no esquema do ex-governador Sérgio Cabral, o economista Lineu Castilho Martins havia pedido a suspensão do processo a que responde com base no que escreveu Toffoli.

Ao negar o pedido, Bretas alegou que a denúncia contra Martins "foi instruída com 37 documentos, o que equivale dizer que a ausência ou a retirada do relatório do COAF não modificaria as decisões até agora tomadas." Ou seja, ela não dependeria exclusivamente dos relatórios do órgão.