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CPI da Covid-19

Ex-ministro defende Barroso e diz que Bolsonaro age como “monarca presidencial”

Celso de Mello mandou Bolsonaro prestar depoimento pessoalmente à PF: decisão causou saia justa no STF.
Celso de Mello deixou o STF em 2020 (Foto: Nelson Jr/SCO/STF)

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Recém-aposentado do STF, o ex-decano da corte, Celso de Mello, comentou as críticas do presidente Jair Bolsonaro à decisão do ministro Luís Roberto Barroso, que determinou a abertura da CPI da Covid-19 no Senado.

Em declarações ao jornal O Estado de São Paulo, Mello afirmou que Bolsonaro age como um "paradoxal monarca presidencial" e "revela a face sombria de um dirigente político que não admite nem tolera limitações ao seu poder".

O ex-ministrou fez duras críticas a Bolsonaro, afirmando que, agindo assim, ele se revela "um presidente da República que não tem o pudor de ocultar suas desprezíveis manifestações de desapreço pela Constituição da República e pelo princípio fundamental da separação de Poderes, que atribui aos seus adversários a condição estigmatizante de inimigos e que se mostra disposto a atingir, levianamente, o patrimônio moral de um dos mais notáveis juízes do Supremo Tribunal Federal", afirmou.

Celso de Mello ainda defendeu a decisão de Barroso. O ex-ministro a classificou como "corretíssima" e "inteiramente legitimada pelo texto constitucional e amplamente sustentada em diversos precedentes firmados pelo plenário de nossa Corte Suprema".

Em 2007, foi o então ministro Celso de Mello o responsável por uma decisão similar à de Barroso. Ele determinou ao presidente da Câmara dos Deputados na época, Arlindo Chinaglia (PT), a abertura da CPI do Apagão Aéreo.

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