A presidência da CNBB classificou como “nefasto” o requerimento de urgência aprovado pela Câmara dos Deputados para acelerar a tramitação do projeto que pretende liberar jogos de azar.
A presidência da CNBB classificou como “nefasto” o requerimento de urgência aprovado pela Câmara dos Deputados para acelerar a tramitação do projeto que pretende liberar jogos de azar.| Foto: CNBB.

A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nesta terça-feira (1º) uma nota contra a legalização de jogos de azar no país. O projeto que pretende liberar a atividade deve ser votado ainda neste mês na Câmara dos Deputados. A principal resistência ao projeto vem de parte da bancada evangélica, que tenta barrar a tramitação da proposta. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), conseguiu aprovar antes do recesso um requerimento de urgência para a análise da matéria.

A presidência da CNBB classificou como "nefasto" o pedido de urgência. "Esse nefasto ato acelerou o caminho para regulamentar, logo nas primeiras sessões do ano 2022, a exploração de jogos de azar no país. Nesse período os parlamentares ainda estarão deliberando de maneira virtual, o que na prática limita o debate, camufla as posições e facilita as artimanhas regimentais. Diante desse lamentável fato, a CNBB reitera a sua inegociável posição contra a legalização dos jogos de azar no Brasil", disseram os bispos em nota.

Para a instituição, "o jogo de azar traz consigo irreparáveis prejuízos morais, sociais e, particularmente, familiares". No Senado, no Senado, tramitam pelo menos quatro propostas com teor parecido ao texto da Câmara. “A CNBB conclama o Congresso Nacional a rejeitar este projeto e qualquer outra iniciativa que pretenda regularizar os jogos de azar no Brasil. O voto favorável ao jogo será, na prática, um voto de desprezo pela vida, pela família e seus valores fundamentais”, diz a nota.