Procurador-geral da República, Augusto Aras.
O procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Evaristo Sá/AFP

O procurador-geral da República, Augusto Aras, voltou a ser cobrado a investigar o presidente Jair Bolsonaro pela condução da pandemia de Covid-19. Na terça-feira (30), a representação enviada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pedindo que o presidente seja denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e responda criminalmente pela gestão da crise sanitária foi endossada formalmente pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos Dom Paulo Evaristo Arns, a Comissão Arns.

Em manifestação endereçada ao procurador-geral, o grupo de personalidades do mundo Jurídico e ex-ministros de Estado pede para entrar como terceiro interessado (amicus curie) no caso. "A Comissão Arns ratifica os termos da representação oferecida pela Ordem dos Advogados do Brasil e aguarda o oferecimento de denúncia crime contra o Sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro", diz a petição.

No documento, a comissão critica o atraso da compra e distribuição de vacinas, os episódios de desabastecimento de oxigênio hospitalar que levaram pacientes internados com coronavírus à morte por asfixia, o incentivo ao descumprimento das medidas de isolamento social e a defesa de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 e com potencial para causar outras doenças se usados com prescrição equivocada.