O procurador, Eduardo El Hage, da extinta força-tarefa da Lava Jato do Rio é um dos alvos do processo administrativo disciplinar.
O procurador, Eduardo El Hage, da extinta força-tarefa da Lava Jato do Rio é um dos alvos do processo administrativo disciplinar.| Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil.

O Conselho Nacional Ministério Público (CNMP) vai apurar se procuradores da extinta força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro violaram o sigilo da denúncia apresentada contra o ex-senador Romero Jucá, o ex-ministro Edison Lobão e o filho dele, Marcio Lobão, por suposto recebimento de propinas de empreiteiras nas obras de Angra 3. A informação foi divulgada pelo blog do Fausto Macedo, no jornal O Estado de S. Paulo.

Em março, detalhes da denúncia foram publicados no portal de notícias do MPF. Após a divulgação, os políticos acionaram a Corregedoria e argumentaram que havia medidas cautelares sigilosas em andamento, que foram reforçadas pela Justiça Federal no Rio. O sigilo dos autos só foi levantado oito dias depois. O documento foi assinado pelo corregedor Rinaldo Reis Lima que considerou que os procuradores descumpriram o dever de sigilo ao fornecer as informações à assessoria de imprensa da instituição.

A Corregedoria do CNMP decidiu abrir o processo administrativo disciplinar na quarta-feira (23) contra os procuradores: Eduardo El Hage, Fabiana Schneider, Marisa Ferrari, José Vagos, Gabriela Câmara, Sergio Dias, Rodrigo Silva, Stanley Silva, Felipe Leite, Renata Baptista e Tiago Martins. Já o Ministério Público do Estado de Sergipe poderá avaliar a conduta da promotora Luciana Sobral.